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Preços de carros usados acumulam alta de 6% nos últimos 12 meses

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Os preços dos automóveis usados registraram alta de 0,92% em agosto em relação a julho e já acumulam aumento de 6% nos últimos 12 meses. Os dados fazem parte do IBV Auto, novo índice de preços de usados lançado nesta quinta-feira (04) pelo Banco BV.

Com mais de 30 anos de atuação e uma carteira de crédito de R$ 90 bilhões voltada principalmente ao setor automotivo, o banco quer transformar sua presença em 26 mil revendas no país em fonte de inteligência de mercado. Diferente de indicadores baseados em anúncios, o IBV usa apenas dados de contratos efetivados.

“Possuímos uma riqueza gigantesca de dados e pensamos: por que não usar isso para mostrar a evolução do mercado?”, diz Jamil Ganan, diretor de negócios de varejo do BV.

O índice foi desenvolvido em parceria com a empresa de tecnologia 4Intelligence, após o tratamento de mais de 40 mil dados de transações reais.

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Segundo o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, o IBV se diferencia da tabela Fipe — concentrada no Sudeste — e do IPCA, que abrange 16 regiões. “Como atuamos em todo o Brasil e usamos valores efetivos de contrato, teremos uma resposta quantitativa inédita e dividida por regiões”, afirma.

Já para Juan Jensen, economista da 4Intelligence, o IBV traz outra vantagem: a atualização anual da cesta de veículos, frente à revisão a cada 10 anos feita pelo IBGE. “Esse mercado muda muito rápido. Conseguimos capturar melhor essa dinâmica, oferecendo informações mais próximas da realidade tanto para lojistas como para  consumidores”, explica.

Resultados de agosto

A região Sudeste liderou a inflação no mês, com alta de 1,2%, seguida pelo Norte (1,1%). Entre os estados, os maiores avanços foram registrados no Rio de Janeiro (1,25%), Bahia (1,21%), Minas Gerais (1,10%) e Amazonas (1,02%). Em 12 meses, o destaque é o Rio, com aumento acumulado de 7,1%.

Entre os modelos que mais puxaram o índice estão Volkswagen Gol, GM Celta e Ford Fiesta. Já GM Tracker, Fiat Palio e Volkswagen Voyage ficaram entre os que mais perderam valor.

“A alta de 0,92% em agosto, acima dos 0,80% de julho, mostra uma inflação de usados mais acelerada que a do IPCA. O movimento reflete ainda a renda mais alta, com desemprego em baixa, mantendo aquecida a demanda por veículos. A Selic elevada e a redução do IPI nos novos devem conter essa pressão no médio prazo”, avalia Padovani.

Elétricos em queda livre

O IBV também comparou a desvalorização por tipo de motorização. Veículos elétricos de 2022 acumulam queda de 46,6% até agosto de 2025, pressionados pela redução nos preços dos modelos novos. Os híbridos perderam 20,1% no mesmo período, enquanto os a combustão recuaram 12,7%.

“A queda dos elétricos mostra que o mercado ainda busca equilíbrio para essa tecnologia. Já os veículos a combustão seguem trajetória mais estável, com menor perda de valor”, observa o economista da BV.

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