Desafios para a Coca-Cola lançar bebida com açúcar de cana pedida por Trump

A Coca-Cola Co. está enfrentando desafios para lançar uma bebida feita com açúcar de cana dos EUA, como pediu o presidente Donald Trump. A empresa não consegue obter açúcar suficiente nem capacidade de produção para lançar o produto em larga escala.

O diretor financeiro John Murphy disse que a empresa está começando a lançar a Coca-Cola feita com açúcar de cana americano, mas que está limitada pelo fornecimento desse açúcar nos EUA e pela capacidade de aumentar a produção em garrafas de vidro. “Será um lançamento gradual”, disse Murphy. “Há apenas uma certa quantidade de açúcar de cana disponível nos Estados Unidos.”

Os comentários de Murphy destacam os desafios que as empresas americanas enfrentam quando tentam adaptar as operações comerciais às vontades de Trump. Além de lidar com tarifas, políticas comerciais instáveis e o impacto iminente da paralisação do governo nos pagamentos de auxílio alimentar, as empresas de alimentos também estão sob pressão para usar ingredientes mais naturais.

Xarope de milho x açúcar de cana

A Coca-Cola usa xarope de milho com alto teor de frutose, que é mais barato que o açúcar de cana, para adoçar seu produto principal nos EUA. No entanto, uma versão mais cara do refrigerante que usa açúcar de cana importado do México vinha ganhando popularidade.

A produção de açúcar de cana nos EUA representa cerca de 30% do fornecimento nacional de açúcar, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA. O restante vem da beterraba, além de importações do México e outros países.

Alguns dos principais desafios para a Coca-Cola incluem:

• Fornecimento de açúcar de cana: a empresa não consegue obter açúcar suficiente nos EUA.
• Capacidade de produção: a empresa precisa aumentar a capacidade de produção em garrafas de vidro para distribuir o refrigerante mais amplamente.
• Processo de produção: o processo de produção em garrafas de vidro difere do usado para latas.

A empresa planeja um “lançamento em fases” que começará em alguns mercados e lojas antes de ampliar a escala em 2026.

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