Pfizer Ganha Carência de Três Anos para Tarifas do Governo Trump sobre Medicamentos
A Pfizer, uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, conseguiu um acordo com o governo dos EUA que lhe concede uma carência de três anos em relação às tarifas prometidas pelo presidente Donald Trump sobre produtos farmacêuticos. Esse acordo não apenas reduzirá os preços de alguns medicamentos da empresa nos EUA, mas também protegerá a Pfizer de futuras tarifas impostas pela investigação do governo dentro da “Seção 232”, que avalia se o custo dos remédios representa uma ameaça à segurança nacional.
Como parte do acordo, a Pfizer venderá alguns medicamentos com desconto médio de 50% em um site de venda direta ao consumidor chamado TrumpRx. Esse site permitirá aos americanos comprar prescrições a preços negociados pelo governo. Além disso, a empresa oferecerá reduções generalizadas nos preços para americanos inscritos no programa Medicaid, garantindo preços de “nação mais favorecida” em alguns de seus medicamentos.
O CEO da Pfizer, Albert Bourla, destacou que o acordo resolve duas grandes ameaças enfrentadas pela empresa: políticas de preços de medicamentos mais severas e futuras tarifas impostas pela investigação do governo. Bourla também anunciou um investimento de US$ 70 bilhões em pesquisa, desenvolvimento e fabricação doméstica nos próximos anos, o que demonstra o compromisso da empresa em retornar suas instalações de produção aos EUA.
- A Pfizer não especificou quais medicamentos estarão disponíveis no TrumpRx, mas afirmou que a maioria dos seus remédios de cuidados primários será oferecida no site.
- Entre os principais medicamentos da empresa estão o anticoagulante Eliquis, a vacina contra pneumonia Prevnar e um tratamento para Covid em forma de injeção e comprimido.
- Grandes corporações e executivos influentes têm conseguido negociar termos mais favoráveis com o presidente Trump, aproveitando suas relações pessoais com ele.
Esse acordo é um exemplo da natureza transacional para obter isenções tarifárias de Trump, que tem usado unilateralmente a política comercial para exercer poder sobre múltiplas indústrias. A Pfizer é um dos primeiros a beneficiar-se desse tipo de acordo, e é provável que negociações semelhantes possam ocorrer no futuro.
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