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Pequenas empresas lideram contratos coletivos de planos de saúde no país

Pequenas empresas, com até quatro beneficiários, dominaram os contratos coletivos de planos de saúde no Brasil em 2024, respondendo por 2 milhões de contratos — o equivalente a 88% do total — e por 6,45 milhões de beneficiários, que representam 17% do total, segundo dados do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).

Por outro lado, o estudo mostra que 2,7 mil empresas de grande porte, com mais de mil vidas cobertas, corresponderam a 0,1% dos contratos, mas reuniram 15,1 milhões de pessoas, ou 40,7% da base de beneficiários.

Além disso, os contratos coletivos empresariais foram a principal forma de acesso à saúde suplementar no país no ano passado, reunindo 71% dos vínculos em planos médico-hospitalares, o equivalente a cerca de 37 milhões de beneficiários. 

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O setor de serviços abriga 1,33 milhão de contratantes (57,6% do total) e responde por 20,57 milhões de beneficiários (55%). A indústria, com 203,1 mil empresas (8,8%), cobre 9,54 milhões de beneficiários (25,5%), evidenciando maior densidade de vínculos por contrato.

O comércio aparece com 661,4 mil contratantes (28,6%) e 5,67 milhões de beneficiários (15,2%), enquanto o setor de construção soma 98,2 mil empresas (4,2%) e 1,32 milhão de beneficiários (3,5%). Já o setor agropecuário registra 17,3 mil contratantes (0,8%) e 313 mil beneficiários (0,8%).

“Os serviços asseguram a maior base contratual, mas é na indústria que observamos a maior densidade de beneficiários por empresa, refletindo estruturas mais organizadas de benefícios e ligadas ao emprego formal. Já setores como comércio, construção e agropecuária, fortemente compostos por pequenos empregadores, tendem a apresentar coberturas mais restritas em número de vidas”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

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Segmentos com maior contratação de planos

O estudo detalha os segmentos específicos da economia que concentram o maior número de contratos coletivos empresariais com base na CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica). São eles:

  • Comércio varejista: 461,4 mil contratantes (19,9% do total) e 3,13 milhões de beneficiários (8,4%);
  • Serviços de escritório e apoio administrativo: 176,7 mil empresas (7,6%) e 1,55 milhão de beneficiários (4,1%); 
  • Atividades de atenção à saúde humana: 119,8 mil contratantes (5,2%) e 1,63 milhão de beneficiários (4,3%);
  • Setor de alimentação: 110,3 mil empresas (4,8%) e 675 mil beneficiários (1,7%);
  • Educação: 107,1 mil contratantes (4,6%) e 1,25 milhão de beneficiários (3,3%);
  • Comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas: 102,8 mil contratantes (4,4%) e 1,85 milhão de beneficiários (4,9%); e
  • Outras atividades de serviços pessoais: 99,9 mil contratantes (4,3%) e 287 mil beneficiários (0,8%).

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Essas sete divisões somam aproximadamente metade de todos os contratos empresariais de planos médico-hospitalares no País.

“Atividades como comércio varejista, alimentação e serviços administrativos mostram que os contratos coletivos empresariais estão enraizados no cotidiano dos pequenos negócios do Brasil”, afirma Cechin.

Segundo o superintendente, a pulverização é positiva para o acesso, mas desafia operadoras e os próprios contratantes para o desenvolvimento de estratégias de cuidado à saúde.

“Quando olhamos que 0,1% das empresas concentram mais de 40% dos beneficiários, é bastante factível pensar em programas de cuidado e promoção à saúde. Por outro lado, 95% dos contratos estão concentrados em empresas de até 19 beneficiários, o que traz muita complexidade nessa frente”, diz.

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