O Ouro e sua “Bolha de 6 Mil Anos”
De acordo com Willem Buiter, ex-economista-chefe global do Citigroup e ex-integrante do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra, o ouro está vivendo uma “bolha de 6 mil anos” sem valor intrínseco significativo. Buiter afirma que os bancos centrais deveriam vender suas reservas de ouro, considerando o metal como um ativo com “valor intrínseco desprezível e risco elevado”.
Ele argumenta que o preço do ouro, que superou US$ 4.000 a onça após uma alta de mais de 50% no ano, reflete uma valorização irracional. O metal continua sendo tratado como reserva de valor “por prisioneiros da história”, mesmo tendo utilidade econômica limitada. Buiter compara o comportamento do ouro ao do Bitcoin, observando que ambos se valorizam com base apenas na percepção de mercado.
Utilidade Econômica Limitada
O economista destaca que o ouro é menos útil como meio de pagamento do que criptomoedas ou moedas digitais emitidas por bancos centrais. Além disso, o custo de produção do metal é considerado um desperdício de recursos, com um custo total de extração girando em torno de US$ 1.500 por onça, enquanto cerca de 5 mil toneladas são produzidas anualmente.
Os bancos centrais aumentaram suas reservas de ouro em mais de 1.000 toneladas por ano desde 2022, o que levou o metal a representar cerca de 20% das reservas globais dessas instituições no fim de 2024. No entanto, Buiter conclui que não há justificativa econômica para manter o ouro como pilar das reservas oficiais.
- O ouro é considerado um ativo com “valor intrínseco desprezível e risco elevado”.
- O metal tem utilidade econômica limitada e é menos útil como meio de pagamento do que criptomoedas ou moedas digitais.
- O custo de produção do ouro é considerado um desperdício de recursos.
Em resumo, Buiter defende que os bancos centrais deveriam vender o máximo possível de ouro a investidores privados dispostos a correr o risco de perder tudo. Isso porque o metal não oferece justificativa econômica para ser mantido como pilar das reservas oficiais.
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