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Ouro ganha espaço na China, mas não tira foco dos setores imobiliário e tech

Ouro ganha espaço na China, mas não tira foco dos setores imobiliário e tech

O ouro tem ganhado espaço na China como reserva de segurança, não apenas pelo banco central, mas também por instituições e famílias. Isso é refletido por fortes fluxos de entrada em fundos ETF de ouro. No entanto, analistas consultados apontam que os chineses ainda poupam com a esperança de comprar moradias como reserva de valor, na expectativa de que o mercado imobiliário consiga se recuperar a médio prazo.

Além disso, as autoridades chinesas ainda focam em tornar a tecnologia o novo motor da demanda doméstica. O economista sênior de China da Pantheon Macroeconomics, Kelvin Lam, afirma que a construção de poupanças da China reflete mais do que a crise do setor imobiliário enfrentada nos últimos anos. Ele estima que o setor imobiliário da China poderá retomar força após um período entre 18 a 24 meses.

Demanda por ouro

A demanda por ouro não é apenas uma questão chinesa, mas também reflete problemas na confiança dos consumidores e ambiente geopolítico global incerto. O economista da Pantheon nota que a busca por ativos seguros é uma chave para explicar o aumento significativo na demanda por ouro em vários países.

  • O Banco do Povo da China (PBoC) aumentou suas reservas de ouro pelo 13º mês consecutivo em novembro.
  • Os ETFs de ouro atraíram fluxos de entrada de 16 trilhões de yuans (US$ 2,2 bilhões, ou 17 toneladas) na Bolsa de Xangai.
  • O BC da China foi o quinto com maior consumo de ouro no terceiro trimestre de 2025.

Para o JPMorgan, a demanda chinesa deverá ser um dos principais suportes para o avanço nos preços do ouro em 2026, elevando o metal para a marca de US$ 5 mil a onça-troy até o fim do ano que vem.

No entanto, a Capital Economics prevê um rali temporário do metal dourado e da prata, antes do fôlego de metais preciosos se extinguir e provocar queda nos preços do ouro para a faixa de US$ 3,5 mil a onça-troy.

As autoridades chinesas estão colocando um foco maior em estimular a demanda doméstica e restaurar a confiança de consumidores, ao mesmo tempo em que busca substituir o motor da economia para setores ligados à tecnologia e inteligência artificial (IA).

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