Oportunidades em Escritórios: Análise do Itaú BBA
Os fundos imobiliários de lajes corporativas (escritórios) apresentam oportunidades de ganho de capital, especialmente entre os ativos que vêm mostrando melhora operacional, maior resiliência contratual ou histórico consistente de ocupação. No entanto, o segmento ainda é marcado por descontos relevantes em relação ao valor patrimonial e oferece os menores dividendos médios do IFIX, o que reduz seu apelo para investidores focados em renda.
De acordo com o Itaú BBA, a tese para lajes corporativas continua concentrada majoritariamente no potencial de valorização, e não no retorno mensal. O banco destaca que as regiões secundárias de São Paulo vêm ganhando tração, com a demanda migrando para zonas com aluguéis mais competitivos, reduzindo a vacância e elevando os valores pedidos nessas localidades.
Regiões em Destaque
No recorte das duas principais praças acompanhadas pela Casa — São Paulo e Rio de Janeiro —, o cenário paulistano continua sendo o mais favorável. A taxa de vacância na capital registrou 17,26% no terceiro trimestre de 2025, mantendo o indicador abaixo de 20% ao longo do ano, mostrando um movimento de gradual recuperação.
Entre as regiões premium da cidade (Itaim Bibi, Faria Lima, JK, Vila Olímpia e Paulista), a dinâmica segue mais estável, com a vacância caindo de 11,7% no fim de 2024 para 9,4% no trimestre mais recente. Já áreas que perderam força durante a pandemia, como Chácara Santo Antônio, Chucri Zaidan, Marginal Pinheiros e Santo Amaro, começaram a exibir melhora.
Recomendações do Itaú BBA
Entre as recomendações de compra do Itaú BBA para lajes corporativas, destacam-se:
- KNRI11 (Kinea Renda Imobiliaria): aposta mais defensiva, com vacância de apenas 2%, portfólio diversificado entre escritórios e logística e elevada liquidez.
- PVBI11 (VBI Real Estate) e RBRP11: figuram entre as principais escolhas, com o primeiro se beneficiando da melhora contínua das regiões premium de São Paulo e o segundo capturando a recuperação das regiões secundárias.
- RCRB11 (Rio Bravo Renda Corporativa): teve a recomendação elevada para compra após atingir 100% de ocupação em outubro, com melhora relevante nos preços pedidos.
- TOPP11 (RBR Top Offices) e TEPP11 (Tellus Properties): aparecem como opções atraentes, com dividend yield anualizado acima de 14% e 10,8%, respectivamente.
Em resumo, o Itaú BBA destaca as oportunidades em lajes corporativas, especialmente em regiões secundárias de São Paulo, e lista os FIIs que podem capturar a virada do setor. É importante considerar as recomendações do banco e analisar as condições de cada fundo antes de investir.
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