Plano Emergencial para Evitar Apagões

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou um plano emergencial para evitar apagões em caso de excesso de oferta de energia elétrica. O plano prevê a restrição da geração em usinas de pequeno porte, como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e térmicas a biomassa, que não são supervisionadas diretamente pelo ONS.

O protocolo foi apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e agora será analisado e ajustado pelo regulador. As diretrizes também serão enviadas às distribuidoras para contribuições que aprimorem a aplicação prática do plano. A expectativa é que o procedimento esteja disponível até o fim do ano.

A necessidade de criação do protocolo ficou evidente no Dia dos Pais, quando a demanda por eletricidade estava baixa e a geração renovável foi alta, fazendo com que a oferta superasse significativamente o consumo. Isso exigiu intervenções severas do ONS, que ordenou o corte de toda a produção possível de usinas hidrelétricas, eólicas e solares.

Como Funcionará o Plano

O plano emergencial prevê que o ONS possa acessar “recursos flexíveis” além daqueles das usinas hidrelétricas, eólicas e solares. A medida será adotada em última instância, caso todas as demais ações operativas disponíveis não garantam a estabilidade e a segurança da rede elétrica nacional.

As distribuidoras serão comunicadas com antecedência sobre a possível necessidade de redução temporária da geração, e caberá à concessionária local comandar um eventual corte no volume necessário. Existem 20.000 megawatts (MW) de potência instalada em usinas com menos de 50 MW cada, sob supervisão de diferentes distribuidoras.

Os principais pontos do plano incluem:

• Restrição da geração em usinas de pequeno porte
• Acesso a “recursos flexíveis” além daqueles das usinas hidrelétricas, eólicas e solares
• Comunicação com antecedência às distribuidoras sobre a possível necessidade de redução temporária da geração
• Cabe à concessionária local comandar um eventual corte no volume necessário

O diretor de Operação do ONS, Christiano Vieira, ressalta que a probabilidade de acionamento do plano é baixa, mas a definição do processo dá clareza sobre o protocolo que deve ser seguido por Operador e distribuidoras em eventual emergência.

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