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O que o novo investimento da Petrobras (PETR4) na África revela sobre seu futuro

A Petrobras (PETR4) adquiriu na sexta-feira (12) uma participação de 27,5% no Bloco 4 (offshore) em São Tomé e Príncipe, no continente africano, juntando-se à Shell (30%, operadora), Galp (27,5%) e ANP-STP (15%). A empresa atua no país desde fevereiro de 2024, com participações nos Blocos 10, 11 e 13.

Segundo o Bradesco BBI, a aquisição reforça a estratégia da estatal na exploração na África e se alinha à diversificação de seu portfólio de longo prazo, fortalecendo o foco da empresa em novas fronteiras e em parcerias na exploração de petróleo e gás.

O BBI espera que o valor pago pela participação seja baixo, dada a característica altamente exploratória do ativo.

Apesar de não ser uma aquisição expressiva, a Genial Investimentos considerou o evento “agridoce” para tese, uma vez que a Petrobras precisa investir em novos blocos exploratórios a medida que a produção do pré-sal deve começar a declinar a partir de 2030.

A aprovação do licenciamento ambiental para exploração da margem equatorial (uma solução doméstica e com alto potencial) segue pendente, obrigando a empresa a recorrer a soluções que a Genial considera menos interessantes.

A Genial manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 44 para PETR4.

Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, ressalta que a área na África ainda está em fase exploratória.

“Essa movimentação representa uma estratégia de diversificação do portfólio e uma tentativa de garantir capacidade de manter alta produção no futuro. Por enquanto, a operação não tem grande relevância prática, já que ainda serão necessários estudos adicionais para determinar o potencial real de petróleo e gás da região”, aponta o especialista.

Pletes ressalta que o movimento deve ser entendido principalmente como uma aposta estratégica de longo prazo. “No curto prazo, não há impacto significativo sobre as ações da Petrobras. O que pode influenciar de maneira mais imediata é o cenário global, em especial eventuais sanções à Rússia e a consequente alta do preço do petróleo. Quanto a essa aquisição em si, trata-se apenas de uma diversificação natural do portfólio, sem efeitos diretos relevantes no momento”, finaliza.

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