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O que esperar da Braskem após desabar 40% no ano com possível recuperação judicial?

Desempenho da Braskem em 2025

A Braskem, uma das principais empresas petroquímicas do Brasil, enfrenta um desafio significativo em 2025, com suas ações despencando mais de 44% no ano. A contratação de assessores financeiros e jurídicos para revisar sua estrutura de capital acendeu o sinal de alerta no mercado, levando a especulações sobre uma possível reestruturação da dívida da empresa.

Os analistas do JPMorgan avaliam que a empresa opera com uma alavancagem de 10,5 vezes, considerada insustentável, com uma dívida líquida estimada em US$ 7,3 bilhões ao fim de 2025. Para atingir uma alavancagem líquida próxima de três vezes, o nível ideal de dívida líquida deveria cair para cerca de US$ 3,1 bilhões, menos da metade do atual.

Revisão da Estrutura de Capital

A revisão da estrutura de capital é vista como um passo necessário, mas não suficiente, para resolver os problemas da Braskem. O Bradesco BBI afirma que “não existe bala de prata” para mudar a trajetória da empresa e que outras medidas, como corte de custos, venda de ativos, renegociação de contratos de matérias-primas e até uma oferta de ações, precisarão ser combinadas.

Entre as possíveis alavancas está o projeto de lei 892/2025, o Programa Especial para a Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq), que prevê concessão de créditos tributários ao setor. No entanto, analistas alertam que, mesmo aprovado, o Presiq seria insuficiente para resolver os problemas estruturais da companhia.

Expectativas para a Ação BRKM5

No curto prazo, a Braskem precisa de tarifas de importação mais altas e da aprovação do Presiq para conter a queima de caixa. O UBS BB rebaixou a recomendação de BRKM5 de compra para neutro e cortou o preço-alvo de R$ 15 para R$ 10.

Do lado técnico, as ações da Braskem acumulam queda de 39,38% em 2025, sendo 25,08% apenas em setembro. O papel está no menor preço do ano e segue em forte tendência de baixa, com grande pressão vendedora. No entanto, o Índice de Força Relativa (IFR) indica que a ação pode estar próxima da “zona de sobrevenda”, o que pode abrir espaço para pequenas recuperações de curto prazo.

  • As próximas barreiras de preço (resistências) estão em R$ 9,86, R$ 12,59, R$ 14,98, R$ 20,98 e na faixa de R$ 27,53.
  • Os pontos de maior atenção na queda (suportes) ficam em R$ 7,02, R$ 6,15, R$ 5,30, R$ 4,05 e R$ 3,68.

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