O que a CIA pode fazer na Venezuela após autorização de Trump?
O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou ter autorizado operações secretas da CIA na Venezuela, uma medida que abre espaço para desde ataques a redes de narcotráfico até ações que possam visar o governo de Nicolás Maduro. Essa autorização expõe um poder presidencial pouco conhecido, que permite ordenar operações clandestinas no exterior sem necessidade de aprovação prévia do Congresso.
Essas decisões, chamadas de “descobertas presidenciais”, já autorizaram no passado ataques com drones, financiamento a grupos armados e até programas de mudança de regime. Pela lei americana, o presidente pode permitir ações secretas quando elas sejam consideradas necessárias aos interesses de segurança nacional. Em seguida, o Executivo deve informar os comitês de inteligência do Senado e da Câmara.
Limites práticos das operações
Os limites práticos dependem do texto da autorização. Ex-agentes ouvidos pela BBC lembram que o presidente pode tornar a autorização tão ampla quanto desejar e até alterá-la via decreto. Entre os instrumentos possíveis estão:
- Assassinatos seletivos
- Operações clandestinas
- Influência política local
- Apoio a grupos armados
Trump justificou a medida citando o fluxo de drogas rumo aos EUA e mencionou ataques a embarcações no Caribe. Ex-funcionários apontam que redes criminosas poderiam ser alvos de operações paramilitares ou de drones.
Para veteranos da agência, a metodologia usada na guerra contra o terror — localizar, neutralizar e eliminar alvos — pode ser aplicada contra essas organizações criminosas, ampliando o espectro das ações secretas autorizadas pelo presidente. A situação na Venezuela é mistério, e não está claro ainda se a CIA já executa, planeja ou apenas mantém essas ações como contingência.
A autorização de Trump abre um leque de possibilidades para a CIA na Venezuela, desde ações contra o narcotráfico até possíveis intervenções políticas. No entanto, os limites práticos e a extensão das operações dependem do texto da autorização e da interpretação do presidente.
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