Declaração do Vice-Presidente da Caixa Econômica Federal

O vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa Econômica Federal, Marcos Brasiliano Rosa, afirmou recentemente que o Brasil não está enfrentando uma crise de renda e emprego que possa impactar negativamente o nível de inadimplência das famílias. No entanto, ele destacou que as finanças pessoais da população estão sendo afetadas pela alta taxa de juro, que atualmente está em 15% ao ano.

Segundo ele, a carteira do banco oferece “tranquilidade” para enfrentar este momento. A declaração foi feita durante a apresentação do balanço do terceiro trimestre da instituição, que ocorreu em São Paulo. No terceiro trimestre deste ano, a Caixa Econômica Federal registrou um lucro líquido contábil de R$ 3,8 bilhões, um aumento de 15,4% em relação ao mesmo período de 2024 e de 50,3% em relação a setembro do ano passado.

Índice de Inadimplência

O índice de inadimplência da Caixa subiu de 2,66% em junho para 3,01% em setembro, ainda abaixo da média da concorrência, que foi de 3,79% para 4,12%. A maior contribuição para o aumento da inadimplência veio do agronegócio, que subiu de 7,02% para 11,20% no mesmo período.

Segundo Brasiliano, a esperada queda da taxa de juros em 2026 traz oportunidades para acomodar o cenário da inadimplência no Brasil. Ele também afirmou que o banco não prevê mudar a dinâmica de concessão de crédito.

• A carteira da Caixa tem 78,4% das operações de crédito classificadas como C1 e C2, com garantia de maior qualidade para o pagamento.
• A carteira do banco tem 10,8% em C3, 0,0% em C4 e 10,8% em C5.
• A Caixa vai revisar as condições para crédito no agro após o aumento da inadimplência.

Em resumo, o vice-presidente da Caixa Econômica Federal destacou que o Brasil não está enfrentando uma crise de renda e emprego, mas sim uma pressão da taxa de juro alta, que afeta as finanças pessoais da população. A carteira do banco oferece tranquilidade para enfrentar este momento, e a instituição não prevê mudar a dinâmica de concessão de crédito.

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