Crise da Braskem: Entendendo o Tombo das Ações
A Braskem (BRKM5) enfrenta um período de forte turbulência, com suas ações atingindo o menor valor em uma década. O recuo de 13,23% nas ações, cotadas a R$ 7,15, chamou a atenção dos investidores e levantou questões sobre o futuro da companhia.
O gatilho para essa situação foi o anúncio de que a petroquímica contratou assessores financeiros e jurídicos para revisar sua estrutura de capital. Isso busca alternativas para enfrentar um ambiente desafiador, marcado por endividamento elevado, margens comprimidas e um ciclo global de baixa no setor de petroquímicos.
Visão dos Analistas
Para os investidores, a decisão da Braskem foi vista como um sinal de que a companhia pode buscar uma reestruturação em breve. O JPMorgan destacou que a Braskem opera com alavancagem de cerca de 10,5 vezes, considerada insustentável. O Bradesco BBI ressaltou que não existe “bala de prata” para resolver os desafios da companhia, e que revisar a estrutura de capital é apenas uma das várias alavancas possíveis.
Algumas das medidas que a Braskem pode considerar incluem:
- Aprovação do projeto de lei 892/2025, conhecido como PRESIQ (Programa Especial para a Sustentabilidade da Indústria Química)
- Cortes de custos
- Venda de ativos
- Renegociação de contratos de matérias-primas
- Oferta de ações
O UBS BB reduziu a recomendação de BRKM5 de compra para neutro e cortou o preço-alvo de R$ 15 para R$ 10, citando a necessidade de tarifas de importação mais altas e a aprovação do REIQ/PRESIQ para conter a queima de caixa no curto prazo.
A aprovação do PRESIQ é vista como peça-chave, mas insuficiente sozinha para resolver os problemas estruturais da companhia. A Braskem reafirmou seu compromisso com os stakeholders e vem implementando iniciativas de transformação para mitigar o prolongado ciclo negativo da indústria química.
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