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“Não falo nem escuto”: carta médica foi usada por Silvinei ao embarcar no Paraguai

Prisão de Silvinei Vasques no Paraguai

A prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, no Paraguai, trouxe novos detalhes sobre sua tentativa de fuga. Ele portava uma carta médica em espanhol, que justificava sua viagem a El Salvador para tratamento médico.

Segundo a apuração, Silvinei se identificava como “Julio Eduardo Baez Fernandez” e carregava uma declaração pessoal, na qual afirmava não conseguir falar nem ouvir devido a uma condição médica grave. A carta mencionava que ele era portador de um glioblastoma multiforme grau IV, um tipo agressivo de câncer cerebral.

A carta também informava que a viagem de Assunção a San Salvador teria como objetivo exclusivo a realização de tratamento médico. Além disso, o documento afirmava que Silvinei teria passado por sessões de radioterapia e quimioterapia em Foz do Iguaçu, o que teria provocado lesões no crânio.

Inconsistências na Documentação

Além da declaração, Silvinei levava uma prescrição médica supostamente assinada por um profissional do Paraná. No entanto, a checagem do número de registro no Conselho Federal de Medicina indicou inconsistência, pois o CRM informado não correspondia ao nome do médico que aparece na assinatura.

A prescrição incluía uma lista extensa de medicamentos, entre eles fármacos para colesterol, hipertensão, depressão, insônia e até antirretrovirais para HIV.

Consequências da Prisão

A tentativa de uso da documentação ocorreu no contexto de descumprimento de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal. Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica, deixou o Brasil sem autorização judicial e foi localizado no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi ao tentar embarcar.

Diante dos fatos, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva do ex-diretor-geral da PRF. Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento na trama golpista de 2022.

  • Prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes
  • Condenado a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento na trama golpista de 2022
  • Tentativa de fuga com documentação falsa

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