Mudança na Recomendação de Mamografia
O Ministério da Saúde anunciou uma mudança importante nas diretrizes para a realização de mamografias como forma de prevenção precoce do câncer de mama. A partir de agora, mulheres de 40 a 49 anos podem solicitar o exame, o que representa uma ampliação da faixa etária anterior, que era de 50 a 69 anos.
Antes, a regra do Sistema Único de Saúde (SUS) indicava que mulheres de 50 a 69 anos deveriam realizar a mamografia a cada dois anos, independentemente da presença de sinais ou sintomas de câncer de mama. Agora, o rastreamento é diferenciado por faixa etária, oferecendo mais flexibilidade e personalização no cuidado com a saúde.
Novas Diretrizes por Faixa Etária
- Mulheres entre 40 e 49 anos têm direito ao exame, mas não há obrigatoriedade de realizá-lo a cada dois anos.
- Entre 50 e 74 anos, o rastreamento é populacional e ocorre a cada dois anos.
- Para mulheres com mais de 74 anos, a decisão de realizar o exame deve ser individualizada, considerando comorbidades e expectativa de vida.
Essa mudança é especialmente relevante, considerando que o câncer de mama é o mais incidente no Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). As regiões Sul e Sudeste apresentam as taxas mais altas.
A mamografia é o exame principal para o rastreamento da doença, pois identifica alterações como cistos e nódulos, que podem ser sinais clínicos importantes. Se houver detecção, pode ser indicada a biópsia para confirmar o diagnóstico. Além disso, a pasta informou que mais de 30% das mamografias feitas no Brasil em 2024 foram em mulheres abaixo dos 50 anos.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) já recomendava que mulheres realizassem anualmente o exame a partir dos 40 anos. Essa mudança na recomendação do Ministério da Saúde alinha-se com essa orientação, refletindo a importância da prevenção precoce e do diagnóstico temprano para o controle do câncer de mama.
Além disso, a pasta anunciou a inclusão de novos medicamentos no SUS, especificamente dentro do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de câncer de mama. Esses medicamentos incluem opções que interferem nas proteínas que participam da divisão celular, ajudando a controlar o avanço de câncer de mama em tumores dependentes de hormônios.
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