Os mercados globais mantêm o ritmo positivo em setembro, embalados por expectativas de política monetária mais acomodatícia nos Estados Unidos e pela força dos balanços corporativos.
O apetite ao risco tem sustentado os principais índices de Wall Street, com destaque para Nasdaq e S&P 500, que voltaram a renovar máximas após testarem patamares de suporte importantes em 2025.
A resiliência vista nos últimos pregões reforça a percepção de fluxo comprador estruturado, com investidores se reposicionando em setores de tecnologia e consumo diante da perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve ainda este ano.
No campo dos criptoativos, o Bitcoin também ganhou protagonismo ao renovar sua máxima histórica nos US$ 124.474. Apesar da posterior correção técnica, o ativo segue acumulando valorização expressiva em 2025, com alta superior a 17%, reforçando o interesse institucional e mantendo o papel de termômetro de apetite ao risco global.
Ainda assim, a proximidade de zonas de suporte críticas exige atenção dos investidores, já que a perda dessas regiões pode abrir espaço para movimentos corretivos mais profundos.
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Análise técnica da Nasdaq
A Nasdaq vem em trajetória consistente de recuperação após tocar a mínima do ano em 16.542 pontos, onde encontrou forte entrada de compradores. No acumulado de 2025, a alta já chega a 12,57%, enquanto em setembro avança 1,01%, com a cotação atual em 23.652 pontos.
O gráfico diário confirma a tendência de alta, sustentada pelas médias móveis, e indica espaço para sequência caso o índice supere os 23.741 pontos. Rompendo essa barreira, o próximo alvo está no topo histórico de 23.969 pontos, seguido das projeções em 24.000/24.290 pontos e, em cenário mais alongado, 24.730/24.975 pontos.
Por outro lado, para inverter o fluxo altista será necessária uma quebra relevante de suportes. O primeiro nível a ser observado está em 22.959/22.675 pontos. Caso seja perdido, a pressão vendedora pode se intensificar, levando o índice a buscar as regiões de 22.222/22.041 pontos, e até mesmo patamares mais baixos em 21.472/20.777 pontos.
Análise técnica do S&P 500
O S&P 500 também reforça a leitura positiva ao se recuperar da mínima do ano em 4.835 pontos. O índice acumula valorização de 10,20% em 2025 e sobe 0,33% em setembro, atualmente cotado em 6.481 pontos.
No gráfico diário, mantém-se acima das médias móveis e segue com tendência de alta. A superação do topo histórico em 6.532 pontos abriria espaço para novos avanços rumo aos 6.560/6.600 pontos e, posteriormente, para a região de 6.700 pontos.
Para que a correção ganhe força, o mercado precisa observar entrada de volume vendedor consistente abaixo dos 6.427/6.352 pontos. Caso esse patamar seja perdido, os suportes seguintes aparecem em 6.296/6.201 pontos, com possibilidade de testar faixas mais baixas em 6.147/6.059 pontos, o que poderia sinalizar início de um fluxo corretivo mais amplo.
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Análise do Bitcoin
O Bitcoin, por sua vez, apresentou forte rali até renovar a máxima em US$ 124.474, movimento que atraiu grande atenção do mercado. Depois do pico, o ativo entrou em correção e hoje opera em uma faixa de ajuste técnico. Ainda assim, mantém alta acumulada de 17% em 2025 e de 1,94% em setembro.
Para retomar o fôlego comprador, precisa superar a região de US$ 111.980/113.385, mirando em seguida as resistências em US$ 117.429/119.954 e, na sequência, o topo histórico nos US$ 124.474.
No campo vendedor, a atenção recai sobre a faixa de US$ 107.429/105.100. Caso esse nível seja perdido, o ativo pode acelerar a correção em direção aos US$ 100.000/97.895, com potenciais extensões para US$ 92.800 e US$ 88.765.
O cenário atual exige monitoramento, pois a perda desses suportes pode sinalizar mudança de tendência e abertura de espaço para fluxos mais fortes de venda.
IFR (14) – Ibovespa
O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção.
Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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