Aumento do Câncer entre Jovens: Um Alerta Importante

O caso do ator James Van Der Beek, diagnosticado com câncer colorretal em estágio 3 aos 48 anos, chama a atenção para uma tendência preocupante: o aumento do câncer entre pessoas mais jovens. Embora historicamente associado ao envelhecimento, o câncer vem sendo diagnosticado com frequência crescente em pessoas abaixo dos 50 anos.

De acordo com dados globais, o número de novos casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos aumentou 79% em apenas três décadas. Os tipos mais comuns incluem tumores de mama, intestino e tireoide, além de registros crescentes de câncer de colo do útero e de próstata em pacientes jovens.

• Em apenas três décadas, o número de novos casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos aumentou 79%.
• Os tipos mais comuns incluem tumores de mama, intestino e tireoide.
• Registros crescentes de câncer de colo do útero e de próstata em pacientes jovens.

No Brasil, a realidade também é preocupante. Um levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) mostra que a proporção de casos de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos subiu de 8% em 2009 para 22% em 2020.

Os oncologistas Antônio Carlos Buzaid e Jéssica Ribeiro Gomes alertam que, quando atinge pacientes jovens, a doença tende a ser mais agressiva e descoberta em estágios mais avançados. Isso acontece porque muitos ainda não estão na faixa etária indicada para exames de rastreamento, além de haver menor percepção dos riscos nessa idade.

Para reduzir os riscos, é importante adotar um estilo de vida saudável, incluindo alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, abandono do tabagismo e moderação no consumo de álcool. Além disso, estratégias de prevenção e diagnóstico precoce, como a colonoscopia para câncer de intestino a partir dos 45 anos, também vêm sendo revistas.

O caso de James Van Der Beek é uma lembrança de que, apesar dos avanços médicos, o câncer em jovens é uma realidade crescente e exige atenção redobrada. Ampliar a conscientização sobre os riscos e estimular hábitos de vida mais saudáveis são passos fundamentais para reverter essa tendência.

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