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‘Lavagem de gado’: JBS recebe animais criados ilegalmente em terra indígena, diz ONG

Investigação da ONG Greenpeace Revela “Lavagem de Gado” na Amazônia

A ONG Greenpeace realizou uma investigação que concluiu que gado criado ilegalmente na Terra Indígena Pequizal do Naruvôtu, localizada na Amazônia, abasteceu indiretamente frigoríficos autorizados a exportar para vários países, incluindo a União Europeia, Ásia e Américas, além de distribuir para o mercado brasileiro.

A prática, denominada “lavagem de gado”, envolve a transferência de bois criados em áreas com irregularidades ambientais para outras fazendas sem ilegalidades, com o objetivo de ocultar o rastro de destruição. A ONG afirma que, sem o controle de todos os fornecedores, a carne com irregularidade acaba “contaminando” toda a cadeia de produção.

Caso Específico: Fazenda Três Coqueiros II

A investigação cita a Fazenda Três Coqueiros II, proprietária de Mauro Fernando Schaedler, como um “símbolo de irregularidades”. A propriedade foi embargada pelo Ibama por manter atividade sem licença dentro da Terra Indígena. A ONG alega que as propriedades de Schaedler acumulam mais de R$ 3,1 milhões em multas ambientais.

A investigação aponta que a Fazenda Três Coqueiros II seguiu produzindo e transferindo gado para outras fazendas, que abasteciam os frigoríficos da empresa JBS sem seguir os protocolos de monitoramento capazes de detectar irregularidades. A ONG afirma que, entre janeiro de 2018 e janeiro de 2025, 1.238 bois saíram da propriedade de Schaedler e foram enviados para a Fazenda Itapirana.

Resposta da JBS

A JBS afirma que a ONG “falhou em demonstrar o trânsito do gado da fazenda Três Coqueiros para as suas fábricas”. No entanto, a empresa bloqueou preventivamente a Fazenda Itapirana e solicitou esclarecimento ao produtor. A JBS também afirma que monitora 100% dos seus fornecedores por meio de imagens de satélite de alta resolução e cruzamento de informações de bases oficiais.

A ONG Greenpeace pede esforços urgentes por uma regulação mais eficaz para o setor agropecuário, de modo a coibir irregularidades ambientais e garantir a transição para sistemas sustentáveis. A investigação destaca a importância de uma maior transparência e responsabilidade nas cadeias produtivas.

  • A ONG Greenpeace realizou uma investigação que concluiu que gado criado ilegalmente na Amazônia abasteceu indiretamente frigoríficos autorizados a exportar para vários países.
  • A prática de “lavagem de gado” envolve a transferência de bois criados em áreas com irregularidades ambientais para outras fazendas sem ilegalidades.
  • A JBS afirma que monitora 100% dos seus fornecedores por meio de imagens de satélite de alta resolução e cruzamento de informações de bases oficiais.

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