IPVA à vista ou parcelado: como escolher a opção que pesa menos no seu bolso
O início do ano é um período desafiador para muitas pessoas, com gastos comuns de janeiro se somando aos que transbordaram de dezembro. Nesse contexto, surge a dúvida sobre pagar o IPVA à vista ou parcelado. De acordo com a planejadora financeira Andressa Siqueira, não existe uma resposta pronta, e a decisão depende de uma combinação entre números, rotina e comportamento.
A especialista destaca que a regra matemática não é sempre a melhor opção no dia a dia, pois a forma como a pessoa lida com o dinheiro é fundamental na escolha entre pagar à vista ou parcelar. É importante considerar as prioridades de janeiro e evitar decisões impulsivas, pois o desconto só vale quando não compromete outras despesas inevitáveis do período.
Andressa fornece exemplos práticos para ilustrar a importância de considerar o fluxo de caixa e o perfil emocional na decisão. Por exemplo, se o IPVA for de R$ 4.000 com abatimento de 3%, a economia imediata seria de R$ 120, mas isso só faz diferença se a pessoa tiver caixa para assumir esse pagamento sem travar o mês.
Além disso, a especialista destaca a importância de considerar o hábito e o impacto emocional na decisão. Se a pessoa não consegue dormir tranquila sabendo que tem uma dívida em aberto, mesmo que seja pequena e planejada, pagar logo pode ser a melhor escolha.
Uma opção a considerar é investir o total e deixar o dinheiro render enquanto paga o imposto parcelado. No entanto, isso exige disciplina e a pessoa precisa ter o dinheiro disponível e resistir à tentação de usá-lo antes da última parcela.
Para decidir entre IPVA à vista ou parcelado, é fundamental considerar as seguintes perguntas:
- Tenho caixa para pagar à vista sem travar outras despesas de janeiro?
- O desconto é maior do que o rendimento que eu teria ao aplicar?
- As parcelas cabem no orçamento pelos próximos meses?
- Meu perfil emocional lida bem com compromissos mensais?
Além disso, é importante considerar situações especiais, como estar no cheque especial ou no rotativo do cartão, ou ter renda irregular como autônomo ou freelancer. Nesses casos, a discussão muda e é fundamental priorizar a eliminação de despesas caras e manter a estabilidade financeira.
Por fim, a especialista destaca que usar a reserva de emergência para o IPVA é um erro comum e que a solução mais inteligente é criar uma reserva anual programada para lidar com as despesas típicas do começo do ano.
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