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Investigações revelam como o crime organizado usa o WhatsApp para fazer negócios

Investigações revelam como o crime organizado usa o WhatsApp para fazer negócios

Investigações obtidas pelo GLOBO revelam como o crime organizado do Rio se apropriou de ferramentas de comunicação para negociar armas, munições, planejar roubos e gerir bocas de fumo.

Os criminosos usam a tecnologia para ampliar os lucros, realizar transações entre diferentes facções e divulgar produtos. Com a quebra do sigilo telefônico de um traficante local, a polícia teve acesso a pelo menos seis grupos diferentes de WhatsApp.

Os produtos eram revendidos para diferentes organizações criminosas, como Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigos dos Amigos (ADA). Em um dos grupos, a orientação de um dos integrantes foi para que membros de determinada facção “comprem dentro do quadrado”, em referência à prioridade de negociação na própria organização.

Para os investigadores, a mensagem estabelece diretrizes para as negociações e garante que as transações ocorram independentemente da facção criminosa, o que contribui para o fortalecimento do crime organizado.

  • Os criminosos usam o WhatsApp para negociar armas, munições e drogas.
  • As transações são realizadas de forma aberta e sem medo de serem flagrados.
  • Os grupos de WhatsApp são usados para divulgar produtos e realizar negociações.

Uma conversa obtida pela polícia mostra um dos integrantes do grupo, identificado como “Deus é Fidel”, oferecendo armas, munições e equipamentos bélicos. Entre os itens à venda estão bandoleiras, coldres, rádios, coletes, roupas camufladas, lunetas, granadas e vestimentas táticas.

As drogas são oferecidas em vários horários do dia, com propaganda e fotos. A oferta foi divulgada para mais de 1.400 integrantes.

Os investigadores destacam que a tecnologia está mudando a forma como o crime organizado opera, permitindo uma comunicação instantânea e rápida, com a gestão do tempo eficiente para esses negócios criminais.

No entanto, a privacidade é um tema em discussão, com debates sobre a quebra de sigilos para coibir práticas criminosas. É um caso de bola dividida, com argumentos sobre a necessidade de criar mecanismos para permitir a quebra de sigilo eventual para a repressão a um crime, e a preocupação com a privacidade e a confiança das pessoas em se comunicar.

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