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Inteligência Artificial: Uma Arma de Dois Gumes na Cibersegurança Corporativa

A inteligência artificial (IA) tem sido cada vez mais utilizada nas empresas, tanto como ferramenta de ataque quanto de defesa na cibersegurança corporativa. De um lado, a IA amplia a capacidade de proteção contra ataques digitais, mas, por outro lado, também pode ser usada para expor dados sensíveis sem que os funcionários percebam.

Segundo Cláudio Martinelli, diretor executivo para Américas da Kaspersky, o problema começa quando as empresas se concentram apenas nos ataques externos e esquecem dos riscos internos. “Enquanto os diretores de segurança digital se preocupam com grandes ataques de criminosos baseados em inteligência artificial, falta um pouco de atenção ao que seus próprios funcionários estão fazendo com essas ferramentas”, alerta Martinelli.

Riscos Internos: O Uso Descontrolado de Ferramentas de IA

Um exemplo simples é o colaborador que utiliza um gerador de relatórios em IA para agilizar uma apresentação, mas, ao fazer isso, expõe dados sensíveis, como preços, clientes e condições comerciais. Essas informações passam a fazer parte do “bolo de dados” da IA, acessível a quem souber perguntar.

Esse tipo de comportamento é conhecido como shadow IT, ou seja, o uso de aplicativos e serviços não homologados por funcionários para trabalhar com dados corporativos. Isso pode levar a vazamentos, multas e até parar operações inteiras.

Criminosos Ganham Escala e Sofisticação com a IA

Além disso, os criminosos também ganharam escala e sofisticação com a IA. Segundo Roberto Rebouças, gerente executivo da Kaspersky no Brasil, o volume de novas ameaças explodiu. “Naquela época eram mil e poucas pragas digitais no mundo inteiro. Hoje, a Kaspersky detecta ao redor de 450 mil novas todos os dias”, comenta o especialista.

Para lidar com essa ameaça, as soluções de segurança incorporaram IA e machine learning para fazer o “trabalho pesado” de análise em massa e detecção de comportamentos suspeitos.

  • A IA não substitui completamente o especialista, mas combina o motor automatizado com supervisão humana.
  • A lógica de “freios e contrapesos” deve ser adotada em qualquer projeto corporativo de IA.
  • A IA pode ser usada a favor da segurança, simulando ataques de força bruta ou de dicionário para descobrir senhas frágeis.

Conclusão

A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa que pode ser usada tanto para atacar quanto para defender a cibersegurança corporativa. No entanto, é fundamental que as empresas estejam cientes dos riscos internos e externos e adotem medidas para mitigá-los. A combinação entre pessoas e máquinas é vista como a principal forma de lidar com a velocidade e a escala do cibercrime atual.

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