IFI: governo precisa de superávit de R$ 27 bi no 4T para cumprir piso da meta fiscal
O governo federal enfrenta um desafio significativo para cumprir a meta fiscal estabelecida para 2025. De acordo com o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) publicado pela Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI), o governo precisará obter um superávit primário de R$ 27,1 bilhões no último trimestre de 2025 para atingir o piso da meta fiscal.
A derrubada da Medida Provisória (MP) alternativa à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso tornou a obtenção desse superávit mais difícil. O governo havia contabilizado os recursos provenientes da MP em suas estimativas fiscais, o que agora não será possível. Isso significa que o governo pode ter que recorrer a um contingenciamento no próximo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias para compensar a perda de receitas.
Os analistas da IFI destacam que o governo central acumula um déficit primário de R$ 58,1 bilhões de janeiro a setembro de 2025, quando abatidos os gastos que não são considerados para o cumprimento da meta. Para chegar ao centro do alvo, de déficit zero, seria necessário obter um superávit primário da mesma monta. No entanto, para atingir o piso do alvo – um déficit de R$ 31 bilhões -, o governo precisaria produzir um superávit de R$ 27,1 bilhões entre outubro e dezembro.
Os principais desafios para obter esse resultado são:
- Frustração de receitas: a derrubada da MP e a possível não realização de outras receitas podem afetar negativamente as contas do governo.
- Aumento do déficit das empresas estatais: sobretudo por causa dos Correios, que podem demandar um aporte do Tesouro e aumentar o déficit primário.
Portanto, o governo precisará fazer um esforço fiscal significativo para cumprir a meta fiscal estabelecida. Isso pode incluir a implementação de medidas para aumentar a receita e reduzir as despesas, bem como a realização de um contingenciamento para compensar a perda de receitas.
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