Ibama Reprova Plano da Petrobras para Resgate de Animais na Foz do Amazonas
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) reprova o plano da Petrobras para resgate de animais na Foz do Amazonas, de acordo com um relatório técnico sobre a atividade que foi parte de um amplo teste de emergência exigido pelo órgão ambiental para obtenção de uma licença de perfuração na região.
Embora o órgão tenha dito que a Petrobras foi aprovada no teste de forma geral, o relatório técnico dos funcionários faz críticas ao plano de resgate de animais da empresa e exige que ele seja reapresentado com ajustes. O plano proposto não é capaz de garantir ações adequadas ao atendimento dos animais que vierem a ser contaminados em um eventual acidente com vazamento de óleo, o que poderá resultar em perda maciça de biodiversidade, levando estes animais à morte.
Os principais pontos de crítica incluem:
- A falta de capacidade para garantir ações adequadas ao atendimento dos animais contaminados em um eventual acidente com vazamento de óleo.
- A utilização de barcos não autorizados pelo Ibama durante o simulado.
- A falta de equipamentos de segurança adequados para os pilotos que transportam os animais por via aérea.
A Petrobras informou que reapresentaria o plano de proteção à fauna revisado, conforme as observações apontadas no parecer, até sexta-feira. A concessão da licença é considerada “inevitável” por uma pessoa da empresa, mas o avanço enfrenta forte resistência de determinados segmentos da sociedade, como de ambientalistas e até representantes do governo federal, diante de enormes desafios socioambientais.
O incidente no rio Oiapoque, onde um barco da Petrobras ficou preso em uma rede de pesca e outro barco ficou preso em um banco de areia, também foi mencionado no relatório. Além disso, houve uma quase colisão entre um dos barcos de transporte e outra pequena embarcação.
Com a Petrobras tendo que reapresentar o plano, que então precisaria ser avaliado novamente pelo órgão, pessoas do setor de petróleo agora consideram improvável que a licença seja concedida antes de o Brasil sediar a cúpula global do clima COP30, em novembro, na cidade amazônica de Belém.
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