Ibama Aprova Resultado do Simulado da Petrobras na Foz do Amazonas

O Ibama, órgão ambiental federal, aprovou o teste de resposta a emergências realizado pela Petrobras na Bacia da Foz do Amazonas, mas solicitou ajustes antes de conceder a licença para perfurar na região. O teste, realizado em agosto, é considerado o último passo antes da decisão do Ibama sobre a concessão da licença de perfuração em águas profundas do Amapá, buscada há anos pela empresa.

A Petrobras precisava mostrar sua capacidade de lidar com um eventual acidente com vazamento na região, considerada sensível ambientalmente. O Ibama considerou a robustez da estrutura apresentada e o caráter inédito da atividade executada, marcada por desafios logísticos relevantes. Além disso, destacou a necessidade de um novo exercício de fauna, sem prejuízo da continuidade do processo de licenciamento em curso.

A Petrobras informou que irá revisar o plano conforme as observações apontadas no parecer e reapresentará o documento ao Ibama. Com a aprovação da APO e o cumprimento dos demais requisitos do processo de licenciamento, a Petrobras espera receber em breve a licença ambiental para perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-59.

O setor petrolífero acredita que há um potencial significativo para a descoberta de grandes reservas de petróleo e gás na Foz do Amazonas, com base em grandes descobertas em regiões geologicamente semelhantes no Suriname e na Guiana. No entanto, há resistência por parte de segmentos da sociedade e do próprio governo, devido aos riscos socioambientais associados à exploração.

Os principais pontos do processo de licenciamento incluem:

• Aprovação do teste de resposta a emergências;
• Revisão do plano de acordo com as observações do Ibama;
• Realização de um novo exercício de fauna;
• Cumprimento dos demais requisitos do processo de licenciamento.

O Ibama já havia negado uma licença para a Petrobras em 2023, mas retomou o processo após um pedido de reconsideração da companhia, que veio com mudanças em seu planejamento exploratório. Agora, a Petrobras aguarda a decisão final do Ibama sobre a concessão da licença de perfuração.

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