IA e o Futuro do Trabalho: Uma Análise das Demissões na Amazon
A recente onda de demissões na Amazon, que afetou cerca de 14.000 gerentes de nível médio, levanta questões importantes sobre o papel da inteligência artificial (IA) no futuro do trabalho. Embora muitos tenham especulado que a IA substituiria operários em armazéns, a realidade parece ser diferente. A Amazon está usando a IA para “reduzir a burocracia” e “remover camadas organizacionais”, o que pode significar que os gerentes de nível médio sejam os primeiros a serem afetados.
A medida pode ser vista como um exemplo de como a IA está remodelando a força de trabalho, não pelo deslocamento imediato de papéis fabris e rotineiros, mas esvaziando as fileiras de trabalhadores de escritório que os administram. A Amazon está apostando que algoritmos podem lidar com muitas das funções de coordenação, relatórios e tomada de decisões antes reservadas aos gerentes humanos.
O Efeito “Achatar a Hierarquia”
A demissão de gerentes de nível médio pode ser um exemplo do efeito “achatar a hierarquia”, onde a IA é usada para eliminar camadas de gestão. Analistas da Gartner estimam que, até 2026, uma em cada cinco organizações usará a IA para eliminar pelo menos metade de suas camadas de gestão. Isso pode ter um impacto significativo nos trabalhadores, particularmente os mais jovens, que estão tentando subir na carreira.
A economia está entrando em uma fase de “pouca contratação, pouca demissão”, onde as empresas estão relutantes em adicionar empregos mesmo com o crescimento continuando. A IA pode agravar essa tendência, criando um mercado de “pouca contratação, alta demissão”, o que pode corroer a tradicional escada corporativa e potencialmente ser destrutivo em todas as camadas da economia.
- A Amazon não está sozinha em suas demissões, com outras empresas como a Target e a Paramount também anunciando cortes de empregos.
- A IA está sendo usada para automatizar tarefas de gerência média, como sintetizar atualizações, redigir memorandos e produzir relatórios de status.
- O relatório da Challenger, Gray & Christmas estima que os empregadores dos EUA anunciaram 946.000 cortes de empregos até agora este ano, com mais de 17.000 explicitamente atribuídos à inteligência artificial.
Em resumo, a IA está remodelando a força de trabalho de maneiras inesperadas, com os gerentes de nível médio sendo os primeiros a serem afetados. A tendência de “achatar a hierarquia” pode ter um impacto significativo nos trabalhadores e na economia como um todo.
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