Operação Policial no Rio de Janeiro: Análise da Reação do Comando Vermelho

O governo do Rio de Janeiro estima que cerca de 500 integrantes do Comando Vermelho participaram da reação à megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, em 28 de outubro. Essa operação resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais.

A estimativa consta de um relatório entregue pelo governador Cláudio Castro ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas. De acordo com o documento, o número de suspeitos mortos representa cerca de 23% do total de homens armados mobilizados pela facção para enfrentar as forças de segurança.

Detalhes da Operação

A operação, batizada de Operação Contenção, reuniu 2.500 policiais, sendo 650 civis e 1.800 militares. Os agentes estavam equipados com fuzis de calibres 5,56 e 7,62, os mesmos utilizados pelos criminosos. A reação do Comando Vermelho foi intensa, com uso de roupas camufladas, fuzis automáticos, granadas, pistolas com kit rajada, armas de grosso calibre e explosivos.

As equipes também encontraram trincheiras e casas-mata usadas como pontos de resistência em áreas de mata fechada. O tiroteio se estendeu por mais de 12 horas, deixando 13 policiais feridos e quatro civis baleados. Além disso, houve dificuldades para preservar as cenas de confronto na serra da Misericórdia, região onde ocorreram os embates mais intensos.

• Corpos foram retirados por civis e levados até o Hospital Estadual Getúlio Vargas e à Praça da Penha.
• 61 cadáveres foram localizados posteriormente na área de mata.
• Falhas técnicas nos equipamentos de gravação utilizados pelas equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) dificultaram a documentação da operação.

O governo do Rio de Janeiro reconheceu as dificuldades enfrentadas durante a operação e está trabalhando para melhorar a segurança e a eficácia das ações policiais. A situação continua sendo monitorada pelo STF e outras autoridades competentes.

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