Programa Gás do Povo: Investimentos e Desafios

O programa Gás do Povo, lançado pelo governo federal, visa ampliar o acesso da população de baixa renda ao gás de cozinha. De acordo com um estudo da consultoria Kearney, essa iniciativa pode demandar investimentos de até R$ 1,3 bilhão por parte das distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em botijões para atender à nova demanda.

Os dados apontam um crescimento estimado do mercado em até 4% até março de 2026, quando o governo espera que a iniciativa esteja em pleno funcionamento. Isso pode resultar na comercialização de 9 a 17 milhões de botijões por ano, o que não significa que este é o número de vasilhames a serem adquiridos, já que cada um gira por volta de três vezes ao ano.

Os cálculos consideram que o programa subsidiará a compra de gás de cozinha para mais de 15 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), beneficiando cerca de 50 milhões de brasileiros. Isso pode gerar uma demanda adicional de 3 a 6 milhões de repositórios novos.

• O mercado e o governo estão discutindo a questão há um ano, mesmo enquanto o novo programa estava sendo formulado.
• Algumas empresas já estão fazendo cotações para importação de botijões da Turquia e da China, e também se preparando para aumentar a produção no Brasil.
• O sucesso da iniciativa é de interesse do setor, por conta da intenção de dar conta do volume adicional de demanda, mas também do próprio governo, que pretende que o programa seja bem-sucedido.

De acordo com o sócio da Kearney responsável pelo estudo, André Volker, o curto prazo pode ser um desafio, mas o mercado interno, que conta com cerca de cinco fornecedores, está se preparando para atender à demanda. Caso não haja alterações significativas no número de famílias habilitadas dentro do CadÚnico, após essa ampliação inicial, o mercado deve se acomodar neste novo formato.

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