Futebol brasileiro terá dança das cadeiras dos fornecedores de uniformes em 2026
O mercado de futebol brasileiro está prestes a passar por uma grande mudança em 2026, com a movimentação de fornecedores de uniformes entre os clubes. Isso reflete uma evolução recente do setor no país, com clubes tradicionais buscando novos parceiros em contratos mais robustos.
Um exemplo disso é o Fluminense, que confirmou que a Puma será sua nova fornecedora a partir do ano que vem, encerrando a relação com a Umbro. A empresa alemã superou a concorrência com a Nike e ampliou sua presença na elite nacional.
Outros clubes, como o Vasco e o Atlético Mineiro, também estão mudando de fornecedores. O Vasco assinou com a Nike um contrato de sete anos válido a partir de 2026, enquanto o Atlético Mineiro deixará a Adidas e vestirá Nike a partir da próxima temporada.
O Grêmio, por sua vez, está preparando sua mudança para a New Balance em janeiro de 2026. A costura final do acordo vem sendo conduzida pela nova direção gremista, que vê no fornecedor norte-americano uma oportunidade de ampliar a presença da marca do clube em mercados ainda pouco explorados.
Entre os clubes que subiram de divisão, apenas o Remo mantém uma fornecedora de origem totalmente brasileira, a Volt. A empresa firmou com o time paraense a extensão de um contrato iniciado em 2021, e a boa fase do clube impulsionou as vendas para mais de cem mil peças nas lojas oficiais e no comércio eletrônico.
Os valores dos contratos ainda estão distantes daqueles praticados no futebol europeu, onde os principais clubes transformaram esse tipo de acordo em uma das suas maiores fontes de receita. No entanto, o aquecimento do setor pode ser medido pelos contratos firmados pelos clubes das maiores torcidas do Brasil, como o Corinthians e o Flamengo.
Os especialistas afirmam que a discrepância dos valores reflete o tamanho do mercado global de cada clube. “Os grandes times europeus vendem camisas por todo o mundo, com produção em vários locais, enquanto aqui ficamos restritos ao mercado interno e com alguma dificuldade de distribuição”, explica Bruno Brum, CMO da Agência End to End.
Os números reforçam a distância. Neste ano, o Barcelona assinou com a Nike um dos maiores acordos de material esportivo da história, recebendo o equivalente a R$ 802 milhões por temporada. Já o Real Madrid vem logo atrás, com R$ 758 milhões anuais da Adidas.
No entanto, o ritmo de crescimento indica que o material esportivo se consolidou como uma das principais frentes de receita dos clubes brasileiros. Para muitos deles, 2026 será o início de uma nova fase.
- Fluminense: Puma
- Vasco: Nike
- Atlético Mineiro: Nike
- Grêmio: New Balance
- Remo: Volt
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