Fraude do INSS: PF mira senador Weverton Rocha e prende secretário da Previdência
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre os alvos estão o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e o secretário-executivo do Ministério da Previdência, Aldroaldo Portal.
Portal foi afastado do cargo e teve prisão domiciliar decretada. Ele é ex-chefe de gabinete do senador Weverton, que foi alvo de mandados de busca e apreensão. A operação é realizada pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Prisões e Mandados
Ao todo, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Minas Gerais.
- Romeu Carvalho Antunes, filho do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, foi preso.
- Éric Fidélis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidélis, também foi preso.
Segundo a Polícia Federal, a investigação apura crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa e estelionato previdenciário.
Fraude do INSS
O esquema foi revelado em abril, na primeira fase da operação, e envolve cobranças mensais irregulares descontadas diretamente dos benefícios de aposentados e pensionistas sem autorização. De acordo com as investigações, os descontos eram feitos como se os beneficiários tivessem se filiado a associações de aposentados.
Essas entidades afirmavam oferecer serviços como assistência jurídica e descontos em academias e planos de saúde, mas, segundo a CGU, não possuíam estrutura para isso. Ao todo, 11 entidades foram alvo de medidas judiciais, e os contratos com aposentados e pensionistas foram suspensos.
O governo anunciou a devolução dos valores descontados de forma indevida. O reembolso está sendo feito em parcela única e sem lista de prioridades. O prazo para contestação dos descontos foi prorrogado, e os beneficiários poderão solicitar a devolução dos valores até 14 de fevereiro de 2026.
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