Reconhecimento da Palestina: França Desafia EUA e Israel na ONU
A 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas começou em Nova Iorque com um gesto de grande impacto político: a França anunciou que fará o reconhecimento oficial do Estado da Palestina. Essa decisão confronta diretamente a posição de Israel e dos Estados Unidos, que mantêm firme oposição ao reconhecimento.
O movimento francês ocorre em conjunto com outros países, como Arábia Saudita, Bélgica, Luxemburgo, Malta, Andorra e San Marino. Além disso, países como Reino Unido, Portugal, Canadá e Austrália também formalizaram apoio ao reconhecimento da Palestina como Estado. Isso eleva o número de países que reconhecem a Palestina para mais de 145 dos 193 membros da ONU.
Resistência e Represálias
Israel e EUA ameaçam tomar medidas de retaliação diplomática contra os países que aderirem ao movimento. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou que “nunca haverá um Estado palestino” e ameaçou ampliar a colonização da Cisjordânia em resposta. No entanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou a política israelense como uma “anexação insidiosa” e lembrou que especialistas das Nações Unidas acusaram o governo Netanyahu de “genocídio” em Gaza.
Os principais pontos do reconhecimento da Palestina incluem:
- Reconhecimento oficial do Estado da Palestina pela França e outros países;
- Oposição firme de Israel e EUA ao reconhecimento;
- Ameaças de retaliação diplomática contra os países que aderirem ao movimento;
- Classificação da política israelense como “anexação insidiosa” pelo secretário-geral da ONU.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursará por videoconferência e chamou os reconhecimentos de “um passo essencial para uma paz justa e duradoura”. A expectativa agora se volta para a terça-feira, quando o presidente americano, Donald Trump, subirá à tribuna, e para a sexta-feira, quando Netanyahu deve falar em defesa da estratégia militar israelense.
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