bukib
0 bukibs
Columbus, Ohio
Hora local: 20:24
Temperatura: 6.8°C
Probabilidade de chuva: 1%

FMI vê fiscal no Brasil menos grave, mas novo salto da dívida com corrida ao Planalto

Relatório do FMI: Situação Fiscal do Brasil

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou seu relatório mais recente sobre a situação fiscal do Brasil, indicando que, embora a situação seja menos grave do que anteriormente previsto para este e o próximo exercício, há um risco de um novo salto da dívida pública em 2026, ano de eleição presidencial no país.

De acordo com o relatório, a dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve alcançar 91,4% no exercício atual, contra 87,3% em 2024. Embora haja uma alta de mais de 4 pontos porcentuais de um ano para o outro, a estimativa é menor do que a divulgada pelo organismo em abril, de 92%.

Projeções para 2026 e Além

Para 2026, a projeção também foi suavizada, mas indica um novo salto. O FMI espera que a dívida pública em relação ao PIB do Brasil avance a 95,0% no próximo ano, abaixo dos 96% estimados em abril. Se as projeções do Fundo se confirmarem, o país atingirá o maior nível de endividamento desde 2020, quando as políticas fiscais foram flexibilizadas no mundo para sustentar as economias durante a pandemia.

O FMI calcula uma deterioração de mais de 11 pontos porcentuais no endividamento do Brasil ao longo do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, este porcentual é menor do que o estimado em abril, quando o órgão apontava um impacto de 12 pontos porcentuais.

Metas Fiscais e Perspectivas

Quanto às metas fiscais, o FMI manteve as projeções já pioradas em abril. O Fundo espera déficit primário de 0,6% do PIB neste ano, ante 0,2% em 2024, e segue descartando que o país volte ao azul no Lula 3. A meta do governo é resultado primário zero, com margem de 0,25% do PIB para cima ou para baixo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo cogite alterar a meta fiscal do próximo ano, que aponta para um superávit primário de 0,25% do PIB. O FMI não acredita, contudo, que o governo vai conseguir entregar o primeiro superávit primário no último ano de Lula 3, mas espera que o déficit primário se reduza para 0,4% do PIB brasileiro no próximo ano.

Em resumo, o relatório do FMI aponta para uma situação fiscal desafiadora no Brasil, com um risco de aumento da dívida pública em 2026. No entanto, as perspectivas para o longo prazo indicam uma possível melhora gradual, com o indicador de superávit primário atingindo 1,4% em 2030, fim do próximo mandato.

  • A dívida pública em relação ao PIB deve alcançar 91,4% no exercício atual.
  • O FMI espera déficit primário de 0,6% do PIB neste ano.
  • A meta do governo é resultado primário zero, com margem de 0,25% do PIB para cima ou para baixo.

Este conteúdo pode conter links de compra.

Fonte: link