A economia dos Estados Unidos está mostrando sinais de pressão após anos de resiliência, com a demanda doméstica se moderando e o crescimento do emprego desacelerando, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.
A porta-voz do FMI, Julie Kozack, afirmou que a inflação está em caminho para atingir a meta de 2% do Federal Reserve, mas existem alguns riscos que podem impulsioná-la, principalmente devido às tarifas impostas às importações pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
“O que temos visto nos últimos anos é que a economia dos EUA tem se mostrado bastante resistente. Agora, alguns sinais de pressão começam a aparecer”, disse ela em um briefing regular. “A demanda doméstica tem se moderado nos EUA, e o crescimento do emprego está desacelerando.”
Ela explicou que o carregamento antecipado de importações no início do ano, em antecipação às tarifas, causou alguma volatilidade na atividade econômica no primeiro semestre, e que as taxas de importação agora aumentam os riscos de alta da inflação.
Como resultado desses fatores combinados, o FMI vê espaço para o Federal Reserve reduzir a taxa de juros, embora deva agir com cautela, acompanhando os dados emergentes.
Julie Kozack também comentou que a revisão para baixo nos dados de emprego dos EUA anunciada na terça-feira foi “um pouco maior” do que a média histórica.
O governo dos EUA informou que provavelmente foram criados 911 mil empregos a menos nos 12 meses até março do que o estimado anteriormente, indicando que o crescimento do emprego estava estagnado antes das tarifas agressivas do presidente Trump sobre as importações.
infomoney.com.br/">InfoMoney.