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Fintechs terão ano de ajuste e consolidação após novas regras pelo Banco Central

O ano de 2026 será de adaptação para as empresas de tecnologia voltadas ao mercado financeiro, as fintechs, às novas normas do Banco Central, que devem provocar uma consolidação do setor. Empresas sem capital ou estrutura suficientes podem se unir para ganhar escala e conseguir atender a exigências que devem também limitar a entrada de novos participantes, avaliam representantes do setor.

As novas normas do Banco Central vão aumentar a segurança tanto para as empresas que usam os serviços dessas fintechs como para os clientes finais. São cerca de 1.500 empresas que hoje prestam diversos serviços ligados ao setor financeiro, muitas das quais de atividade bancária, ou “Banking as a Service” (BaaS), e que oferecem abertura de contas, pagamentos, transferências e crédito para clientes de outras empresas, como varejistas.

Algumas das principais mudanças incluem:

  • Clareza nos riscos: o prestador do serviço financeiro é obrigado a colocar suas obrigações no contrato.
  • Maior transparência: será preciso identificar para o consumidor e para o Banco Central nos contratos de prestação de serviços e nos canais de comunicação com os clientes quem é o responsável por determinada atividade.
  • Mais capital: o Banco Central aumentou a exigência de patrimônio mínimo para a prestação dos serviços de BaaS, de cerca de R$ 1 milhão para R$ 7 milhões, chegando em alguns casos a R$ 10 milhões.

A maioria das fintechs que trabalham como BaaS já segue muitas das normas aprovadas pelo Banco Central. No entanto, as novas normas devem exigir ajustes mais profundos em alguns modelos de negócio, especialmente em relação à transparência e comunicação com o usuário final.

As mudanças devem estimular fusões entre empresas que percebam que precisam adquirir musculatura mais rapidamente para ter remuneração adequada frente a essa nova estrutura de capital exigida e, de certa forma, dificultará um pouco novos entrantes. O processo deve levar a uma acomodação gradativa do mercado, em que operações que não estavam tão rentáveis ou com dificuldades de crescer procurem se consolidar de alguma forma.

Em resumo, as novas normas do Banco Central devem fortalecer o mercado de fintechs, mas também podem limitar a entrada de novos participantes e reduzir a flexibilidade do setor. No entanto, as empresas que se adaptarem às novas normas devem ser capazes de oferecer serviços mais seguros e robustos para os clientes.

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