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Fim da fusão entre Gol e Azul reconfigura mercado de aviação

Fim da Fusão entre Gol e Azul: Impactos no Mercado de Aviação

O anúncio do fim das negociações para uma fusão entre a Gol e a Azul, além do término do compartilhamento de voos (codeshare), reconfigura o mercado de aviação doméstica. Essa decisão foi bem recebida pelo mercado, que via riscos no enlace das duas empresas, especialmente em termos regulatórios e para o consumidor.

Com a manutenção de três companhias aéreas principais no mercado, os analistas acreditam que o consumidor será o grande beneficiado, pois haverá maior concorrência na oferta de preços de passagens. As ações da Azul subiram 17,14%, enquanto as da Gol aumentaram 5,31% após o anúncio.

Motivos do Fim da Fusão

Entre os motivos que contribuíram para o fim das negociações, está o foco da Azul em seu processo de Chapter 11, mecanismo nos EUA equivalente à recuperação judicial no Brasil. Além disso, a questão de timing entre as empresas foi um entrave, já que a Azul entrou em recuperação judicial nos EUA em maio, enquanto a Gol saiu desse processo em julho, enfrentando momentos diferentes da reestruturação.

Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, a decisão trouxe alívio para as empresas, permitindo que cada uma volte a focar em sua própria estratégia de forma independente. A fusão implicaria operações complexas e incertezas regulatórias, além de sinergias difíceis de materializar.

Impactos no Mercado

Com a manutenção de três companhias aéreas principais, o mercado de aviação doméstica deve experimentar maior concorrência. A Latam, que foi a primeira a concluir seu processo de recuperação judicial, viu seu market share aumentar nos últimos meses. Em agosto, a Latam ocupou a liderança do mercado com 41,4% de participação, seguida pela Gol com 30,1% e a Azul com 28,4%.

  • A Latam anunciou a encomenda de 24 aviões da Embraer, com opção para acrescentar outras 50 aeronaves, visando ampliar a conectividade na América do Sul.
  • A Azul, por sua vez, anunciou que deixará de operar em 53 rotas de 13 cidades “não lucrativas”, como medida para reduzir custos e atualizar seu plano de negócios.
  • A Gol e a Azul devem seguir estratégias diferentes, concentrando voos em mercados mais rentáveis e reduzindo destinos deficitários.

Os analistas avaliam que a Latam se beneficiará desse desfecho, mesmo que indiretamente, ao ocupar o espaço deixado pela Azul e ampliar sua presença em cidades médias e pequenas.

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