Investigadores federais recuperaram o que acreditam ser o rifle usado para matar o ativista conservador Charlie Kirk durante um evento em um campus em Utah e divulgaram uma foto de uma pessoa de interesse no caso, enquanto a caçada ao atirador entrou em seu segundo dia.
Na quinta-feira, o FBI divulgou duas fotos de vigilância de um indivíduo usando óculos escuros e boné, e pediu a ajuda do público para identificar a pessoa, informou o escritório do FBI em Salt Lake City em uma publicação no X.
Robert Bohls, agente especial do FBI responsável pelo escritório de Salt Lake City, disse em coletiva de imprensa que o rifle de ação por ferrolho de alta potência foi encontrado em uma área arborizada próxima à Utah Valley University, para onde o atirador fugiu após o ataque. A arma está sendo examinada no laboratório do bureau, junto com outras evidências, incluindo impressões de calçados e digitais coletadas no local.
As autoridades disseram que o atirador aparentava ter idade universitária e conseguiu se misturar no campus antes de subir a um telhado para disparar. Investigadores acompanharam seus movimentos por meio de imagens de segurança enquanto ele entrava em uma escada, atravessava o telhado e depois pulava do prédio para escapar para um bairro próximo.
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Investigadores recuperaram um rifle Mauser antigo importado, de ação por ferrolho, envolto em uma toalha em uma área arborizada perto do campus, ao longo da rota que o atirador tomou para fugir, segundo uma pessoa familiarizada com a investigação. A arma ainda continha o cartucho disparado de um único tiro, além de três munições não disparadas no carregador. Os cartuchos tinham inscrições gravadas com ideologias transgêneras e antifascistas, disse a fonte.
A arma foi entregue ao FBI para análise de DNA e impressões digitais.
O FBI recebeu mais de 130 dicas e pediu fotos ou vídeos adicionais do público. Bohls afirmou que o caso está sendo tratado como um ataque à liberdade de expressão.
“Qualquer ataque à Primeira Emenda é um ataque à própria base da nossa democracia”, disse ele.
O Comissário de Segurança Pública de Utah, Beau Mason, alertou contra especulações após duas pessoas inicialmente questionadas serem liberadas da investigação. Ele disse que ambas sofreram assédio após seus nomes circularem.
“Eles não eram suspeitos”, afirmou Mason. “Não merecem essa atenção por terem sido submetidos ao processo investigativo.”
Mason disse que o corpo de Kirk foi transferido para o escritório do legista estadual e seria devolvido à família na quinta-feira. Ele chamou o assassinato de “atroz” e disse que não refletia as tradições de serviço e comunidade de Utah.
Kirk, 31 anos, diretor executivo da Turning Point USA e aliado próximo do presidente Donald Trump, foi baleado por volta das 12h20 de quarta-feira enquanto falava em um evento estudantil ao ar livre para uma multidão de mais de 3.000 pessoas. Ele respondia a uma pergunta sobre tiroteios em massa quando o disparo foi feito, segundo vídeo do evento, que mostrou sua cabeça se movendo para o lado e a multidão correndo e gritando.
Foi declarado morto em um hospital local.
O tiroteio recebeu condenações de todo o espectro político. Trump chamou Kirk de “patriota”, ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio mastro em todo o país e disse que concederia a ele a Medalha Presidencial da Liberdade. O presidente afirmou que conversaria com a família de Kirk na tarde de quinta-feira.
O vice-presidente JD Vance, que viaja para Utah na quinta para oferecer condolências à família Kirk, escreveu que o influenciador popular teve papel central em sua carreira política. Os ex-presidentes Joe Biden e Barack Obama também condenaram a violência e ofereceram condolências.
Kirk fundou a Turning Point USA em 2012 e a transformou em uma força proeminente na política conservadora, com centenas de capítulos em campi universitários. Deixa esposa e dois filhos pequenos.
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