Ex-sócio de Lulinha nega envolvimento em esquema de lobby no MEC
O empresário Kalil Bittar, ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”, negou qualquer envolvimento em um esquema de lobby no Ministério da Educação (MEC) para beneficiar a empresa Life. Segundo sua defesa, o dinheiro recebido de André Mariano, principal figura do esquema, foi por serviços de tecnologia e não para atuar como lobista.
A operação da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema de superfaturamento em contratos de prefeituras paulistas para aquisição de material escolar apontou Kalil e Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Lula, como parceiros de Mariano no esquema. No entanto, a defesa de Kalil afirma que ele é amigo de Carla há mais de 30 anos, mas nunca fez prospecção de negócios para a Life.
Investigação e operação
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a Kalil e outros investigados, mas não o encontrou. A Justiça autorizou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Kalil e a apreensão do seu passaporte. A operação resultou em cinco pessoas presas e mais de 50 ações em três estados.
A investigação apontou que o esquema envolvia a liberação de verbas do MEC para a aquisição de livros e kits de robótica pelas prefeituras de cidades como Sumaré, Limeira e Hortolândia. Os contratos seriam firmados com a Life por preços abusivos, até 35 vezes acima do valor de mercado, a partir de fraudes e com a conivência de servidores municipais.
Defesa de Kalil
A defesa de Kalil afirma que ele transferiu residência para Portugal há dois anos e desenvolve suas atividades profissionais exclusivamente relacionadas ao setor privado. A defesa também sustenta que o dinheiro recebido de Mariano foi por serviços de tecnologia e não para atuar como lobista.
Além disso, a defesa de Kalil nega que ele tenha recebido um veículo BMW 540I como doação de Mariano, afirmando que ele pegou o carro emprestado “em regime de eventualidade” e que outras pessoas também fizeram uso dele.
- Kalil Bittar é ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”.
- A defesa de Kalil nega qualquer envolvimento em um esquema de lobby no MEC.
- A operação da PF resultou em cinco pessoas presas e mais de 50 ações em três estados.
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