Medicamentos para Obesidade e Diabetes: Uma Evolução para Poucos
A endocrinologista Maria Edna de Melo afirma que os medicamentos como Ozempic e Mounjaro representam uma revolução no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, mas essa evolução é limitada a poucos devido ao alto custo desses tratamentos.
No Brasil, estima-se que 30% dos adultos convivam com a obesidade, uma doença crônica que aumenta o risco cardiovascular e de outras doenças. Embora os medicamentos como Ozempic e Mounjaro sejam eficazes no tratamento da obesidade, seu alto custo os torna inacessíveis à maioria da população.
Os profissionais de saúde presentes no painel “Nova era de combate à obesidade” do Summit Educação e Bem-Estar destacaram que o uso desses medicamentos está banalizado, especialmente para fins estéticos, o que pode incorrer em riscos para o paciente. Eles enfatizaram que as canetas não são remédios para emagrecer, mas sim para controle da obesidade como doença.
- O uso estético dos análogos de GLP-1 pode transformar uma pessoa que não tinha um problema de saúde em alguém que possa vir a ter.
- É importante não romantizar o emagrecimento e educar os profissionais da saúde para que não prescrevam a medicação sem uma avaliação criteriosa e um acompanhamento do paciente.
- A obesidade carrega um estigma, e a visão popular é a de que se trata de falta de caráter ou de força de vontade, o que pode fazer com que os pacientes deixem de buscar tratamento.
Para reduzir o índice de obesidade, é necessária uma integração com políticas de outros setores, especialmente a indústria alimentícia. A população precisa ter mais acesso a alimentos saudáveis e menos a ultraprocessados. Além disso, é fundamental criar políticas públicas que incentivem a produção e o consumo de alimentos saudáveis.
Em resumo, os medicamentos como Ozempic e Mounjaro são uma evolução importante no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, mas seu alto custo os torna inacessíveis à maioria da população. É fundamental abordar o problema da obesidade de forma mais ampla, incluindo a educação, a prevenção e o tratamento, além de criar políticas públicas que incentivem a produção e o consumo de alimentos saudáveis.
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