Uma Nova Rodada de Tensão Comercial: EUA X China
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma nova tarifa de 100% sobre produtos chineses trouxe de volta a incerteza nos mercados globais. Essa medida, que se soma aos 30% já em vigor, está prevista para começar a valer em 1º de novembro e representa um novo capítulo na guerra comercial entre os dois gigantes econômicos.
A reação veio em resposta às restrições impostas pela China à exportação de terras raras, minerais essenciais para a indústria de tecnologia e defesa. Além disso, Trump cancelou um encontro com o presidente Xi Jinping, que estava previsto para este mês na Coreia do Sul, e prometeu impor novos controles de exportação sobre softwares críticos.
Impacto nos Mercados
Os principais índices de ações dos Estados Unidos fecharam em forte queda, com o Dow Jones recuando 1,9%, o S&P 500 caindo 2,7% e o Nasdaq perdendo 3,5%. O dólar e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano também caíram, enquanto investidores buscavam proteção em ativos considerados mais seguros, como o ouro e a prata.
A origem do conflito está na diferença de visão entre os dois países. Para os Estados Unidos, trata-se de garantir equilíbrio comercial e proteger a indústria local. Já a China enxerga o conjunto de medidas americanas como parte de um esforço para conter seu avanço tecnológico e político.
O Que Dizem os Especialistas
- Para o JPMorgan, a nova rodada de tarifas provocou uma forte correção em ativos de risco e interrompeu as esperanças do mercado de uma nova trégua comercial.
- O Goldman Sachs avaliou que o episódio quebrou o período de calmaria que vinha dominando os mercados de juros e que uma renovação das preocupações tarifárias pode aumentar a volatilidade e afetar estratégias baseadas em estabilidade e diferencial de juros.
- O Morgan Stanley classificou a reação de Trump como um choque súbito após semanas de tranquilidade relativa, lembrando que o tema da segurança nacional continuará no centro da política econômica americana.
As novas tarifas reforçam o risco de uma reversão no comércio global e podem afetar cadeias produtivas de diversos setores, especialmente o de tecnologia, que ainda depende de insumos e componentes chineses. Custos mais altos para empresas americanas podem pressionar preços ao consumidor e dificultar o controle da inflação nos Estados Unidos.
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