Shutdown nos EUA: Impasse Político e Impactos Econômicos
O governo dos Estados Unidos entrou em seu primeiro shutdown em quase sete anos devido a um impasse entre o presidente Donald Trump e os democratas sobre o orçamento. Essa paralisação, a terceira sob a presidência de Trump, afeta centenas de milhares de americanos e diversos serviços públicos, com exceção dos serviços essenciais.
Os principais pontos de disputa incluem subsídios de saúde, e ambos os partidos estão usando o momento para se preparar para as eleições legislativas de 2026. A paralisação pode se prolongar, o que poderia levar a uma taxa de desemprego mais alta, potencialmente atingindo 4,6% a 4,7%, contra 4,3% em agosto, à medida que servidores afastados são contabilizados como desempregados temporários.
A administração de Trump sugeriu que poderia usar a paralisação para realizar demissões em massa de servidores, além da dispensa temporária de cerca de 750 mil funcionários federais. Essa medida poderia agravar as consequências econômicas e prolongá-las mesmo após o fim do fechamento. Além disso, cerca de 150 mil servidores deixaram a força de trabalho federal devido a programas de desligamento diferido, o que pode levar a uma recessão em regiões como a área metropolitana de Washington, DC.
- Impacto econômico: A paralisação pode levar a uma perda significativa na produção econômica, com a economia americana não recuperando totalmente os prejuízos de paralisações anteriores.
- Divulgação de indicadores: A paralisação atrasará a divulgação de indicadores-chave, como o relatório de emprego, o que pode afetar as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros.
- Mercados financeiros: As bolsas da Ásia e os futuros dos índices americanos caíram após o prazo orçamentário expirar, e o dólar recuou frente às principais moedas devido à perspectiva de interrupções no emprego e impacto sobre a economia.
Embora investidores tenham minimizado paralisações anteriores, agora precisam considerar os riscos de um fechamento prolongado para os mercados financeiros dos EUA. Após a forte alta das bolsas este ano, qualquer oscilação nos preços dos ativos pode levar a vendas forçadas e intensificar uma correção.
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