bukib
0 bukibs
Columbus, Ohio
Hora local: 14:48
Temperatura: 15.2°C
Probabilidade de chuva: 0%

Estudo revela onde o HIV se esconde no corpo e abre caminho para novos tratamentos

Estudo Revela Onde o HIV se Esconde no Corpo e Abre Caminho para Novos Tratamentos

Um estudo recente realizado por cientistas da Universidade Western e da Universidade de Calgary, no Canadá, identificou como o HIV se esconde em diferentes partes do corpo, o que pode explicar por que o tratamento com antivirais consegue controlar, mas não eliminar por completo o vírus do organismo.

De acordo com o estudo publicado na revista científica Communications Medicine, o patógeno se disfarça no DNA de células infectadas no cérebro, no sangue e em partes do trato digestivo, usando padrões específicos de cada tecido. No cérebro, por exemplo, ele se esconde em regiões menos ativas do código genético.

Os autores do estudo descobriram que o HIV não se integra de forma aleatória, mas sim segue padrões únicos em diferentes tecidos, possivelmente moldados pelo ambiente local e pelas respostas imunológicas. Isso ajuda a explicar como o HIV consegue persistir no corpo por décadas e por que certos tecidos podem atuar como reservatórios de infecção.

Tratamentos Atuais e Limitações

Atualmente, existem tratamentos efetivos que conseguem reduzir a carga viral do HIV em pessoas que vivem com o vírus e torná-lo inclusive indetectável e intransmissível. No entanto, caso o indivíduo interrompa o uso dos medicamentos, o patógeno volta a se replicar no organismo devido à persistência viral.

Enquanto os remédios atacam as partículas ativas, em circulação no corpo, parte do HIV entra em um estado de “dormência”, ou “latência”, e se esconde do tratamento. Mais cedo ou mais tarde, esses vírus acordam e voltam a se replicar.

Novas Abordagens Terapêuticas

Saber onde o vírus se esconde em nossos genomas ajudará a identificar maneiras de atingir essas células e tecidos com abordagens terapêuticas direcionadas — seja eliminando essas células ou “silenciando” o vírus de vez.

Os cientistas utilizaram amostras de tecidos de pessoas que viviam com HIV nos primeiros anos de disseminação do vírus, por volta de 1993, para analisar de forma inédita o comportamento “natural” do patógeno no corpo, sem a influência dos antivirais.

Foram analisadas amostras retiradas do esôfago, sangue, estômago, intestino delgado, cólon e cérebro. Os pesquisadores avaliaram com que frequência o vírus se integrava em regiões específicas do DNA de cada tecido e compararam esses padrões entre as diferentes partes do corpo humano infectadas.

Essa pesquisa foi financiada pelos Institutos Canadenses de Pesquisa em Saúde e pelo Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Canadá.

Outro estudo, publicado na Communications Biology, também avançou em desvendar os mecanismos da dormência do HIV. Cientistas da Espanha e do Japão descobriram que uma proteína chamada Schlafen 12 (SLFN12) impede a reversão do HIV do estado de latência para o de atividade.

  • Os estudos recentes sobre o HIV têm avançado em desvendar os mecanismos da persistência viral e da dormência do vírus.
  • As novas abordagens terapêuticas direcionadas podem ajudar a eliminar as células infectadas latentes e curar a doença.
  • A pesquisa sobre o HIV é fundamental para compreender melhor o vírus e desenvolver tratamentos mais eficazes.

Este conteúdo pode conter links de compra.

Fonte: link