O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PE), reconheceu que a esquerda “não escolheu o melhor caminho” e acabou derrotada tanto na votação da PEC da Blindagem quanto na do projeto que tenta anistiar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O parlamentar disse que houve uma quebra do acordo feito para votar a Blindagem e derrubar a Anistia.
“A PEC [da Blindagem] passou do jeito que nós não queríamos, inclusive com uma manobra para voltar o voto secreto que nós já tínhamos derrubado em votação. Por isso, tenho a humildade de reconhecer que não escolhemos o melhor caminho e saímos derrotados na votação da PEC e na votação da Anistia”, disse Campos.
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Segundo o deputado, os líderes do campo progressiva aceitaram aprovar a PEC retirando pontos como a Polícia Federal precisar de autorização para investigar parlamentares ou para realizar busca e apreensão..
O líder disse que votou contra o voto secreto e o foro privilegiado para presidente nacional e de partido, mas nos demais pontos votou a favor, junto com a maioria da bancada.
“Foi uma tentativa de manter abertas pontes para que fosse derrubada a anistia e que a pauta do governo, a pauta do povo brasileiro avançasse aqui nessa casa. Mas, nós sabemos o que aconteceu depois”, disse Campos.
Outros dois líderes de esquerda confirmaram à reportagem do InfoMoney as informações do deputado Pedro Campos. Eles reforçaram que o acordo era para votar a PEC da Blindagem, mas derrubar a anistia.
Um dos parlamentares acrescentou que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) resolveu romper o acordo quando o PT “pulou do barco” e outros partidos de esquerda acabaram ficando com o ônus perante a opinião pública.
Campos afirmou que vai entrar com mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), para que anule a votação e a manobra que foi feita para a volta do voto secreto, pela forma como foi conduzida a manobra na PEC e a votação na anistia.
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), também ingressou no Supremo Tribunal Federal com mandado de segurança para suspender a tramitação da PEC da Blindagem, alegando que a proposta foi conduzida pela Mesa Diretora com irregularidades regimentais e constitucionais.
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