Introdução ao Cenário de 2026

O mercado acionário dos Estados Unidos está prestes a enfrentar um cenário de grande tensão em 2026. Investidores estão divididos entre o medo de perder o rali impulsionado pela inteligência artificial (IA) e a preocupação de que o movimento seja uma bolha prestes a estourar. Essa dinâmica de grandes quedas seguidas de recuperações rápidas tem sido uma marca dos mercados nos últimos 18 meses e deve continuar em direção a 2026.

Tecnologia e Riscos

As empresas de tecnologia no centro do boom de investimentos em IA exercem influência desproporcional no mercado. Embora a divergência entre esse grupo e o restante do S&P 500 tenha ajudado a conter a volatilidade realizada em 2025, investidores permanecem atentos a tropeços em ações de fabricantes de chips, que poderiam se espalhar pelo mercado. Nesse cenário, indicadores de volatilidade como o índice VIX tenderiam a disparar.

Bolha ou Oportunidade Perdida?

A magnitude da alta dos preços das ações fez com que o temor de uma bolha se tornasse a principal preocupação entre gestores de fundos. Ao mesmo tempo, persiste o risco clássico de ficar de fora caso o rali ainda tenha espaço para avançar. Estrategistas avaliam que a volatilidade das ações deve ser sustentada em 2026 principalmente porque bolhas tendem a se tornar mais instáveis à medida que crescem.

Estratégias para Ganhar com a Volatilidade

Para estrategistas do UBS, a incerteza sobre a continuidade ou o colapso do boom de IA torna estratégica a posse de contratos que se beneficiam de maior volatilidade no Nasdaq 100. Maxwell Grinacoff, chefe de pesquisa de derivativos de ações nos EUA do banco suíço, afirma que apostas em volatilidade nesse índice tendem a performar melhor em ambos os cenários.

• Comprar volatilidade do Nasdaq 100 e vender volatilidade do S&P 500 é uma estratégia recomendada.
• Operações podem ser estruturadas de forma neutra em relação à direção do mercado.
• Períodos de calmaria e novos picos devem ocorrer ao longo do ano.

Conclusão

A proteção contra riscos extremos será crucial em 2026. O FOMO (medo de perder oportunidades) dos investidores, narrativas conflitantes sobre IA e o governo dos EUA como fonte de volatilidade criam um ambiente favorável para negociar volatilidade. Estar preparado tanto para os cenários extremos negativos quanto positivos será essencial no próximo ano.

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