Encontro entre Lula e Trump: O que está em jogo?
O encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, previsto para este domingo, em Kuala Lumpur, na Malásia, pode ser um marco importante na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. O foco principal da reunião será a busca por um acordo sobre terras raras, minerais essenciais para a produção de tecnologias avançadas.
A disputa por terras raras é um tema cada vez mais intensa entre Washington e Pequim, com a China detendo 90% da capacidade global de refino e controle quase absoluto sobre as exportações desses materiais. O Brasil, dono da segunda maior reserva mundial, desponta como alternativa viável à hegemonia chinesa.
Por que o Brasil é importante?
O Brasil é visto como um parceiro estratégico para os Estados Unidos, devido à sua grande reserva de terras raras. A equipe de Lula pretende propor investimentos em processamento local e transferência tecnológica, de modo a reduzir a dependência do Brasil da exportação bruta desses recursos. A meta é atrair capital estrangeiro sem abrir mão do controle sobre as reservas estratégicas.
Além disso, a cooperação em áreas estratégicas, como mineração e energia limpa, pode abrir espaço para reduzir as sobretaxas aplicadas sobre produtos brasileiros. A reunião bilateral foi articulada após a escalada das tarifas impostas pela Casa Branca, que elevaram para 50% a taxação sobre produtos brasileiros.
O que está em jogo?
A disputa entre Estados Unidos e China se intensifica, com Pequim ampliando as restrições à exportação de minerais raros e Trump ameaçando aplicar tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses. O Brasil pode ser um peça importante nessa disputa, com a possibilidade de firmar um acordo bilateral com os Estados Unidos.
- Cooperação em áreas estratégicas, como mineração e energia limpa
- Investimentos em processamento local e transferência tecnológica
- Atração de capital estrangeiro sem abrir mão do controle sobre as reservas estratégicas
O encontro entre Lula e Trump pode ser um passo importante para a normalização comercial entre os dois países e para a redução das tensões na disputa por terras raras.
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