Privatização da Eletrobras: Um Processo Contínuo que Exige Paciência
A privatização da Eletrobras, concluída em 2022, marca o início de uma nova era para a empresa, com foco na eficiência operacional e na orientação ao cliente. De acordo com Ivan Monteiro, CEO da Eletrobras, a privatização é um processo que se dá “ao longo do tempo” e exige paciência dos acionistas.
Um dos principais desafios enfrentados pela empresa após a privatização é a gestão de contratos assinados antes da mudança de configuração jurídica. Monteiro explicou que esses contratos não se extinguem com a privatização e precisam ser gerenciados até o seu vencimento. Isso significa que a empresa precisa lidar com cerca de 300 contratos legados, o que requer uma abordagem estratégica e paciente.
Mudança de Paradigma e Multiplicação de Investimentos
A privatização impulsionou a Eletrobras a uma nova era de gestão, com foco na eficiência operacional e na orientação ao cliente. A empresa, que antes não lidava diretamente com o consumidor final, agora precisa se voltar a ele devido à abertura do mercado de energia. Essa mudança de paradigma foi fundamental para a sustentabilidade e competitividade da companhia, o que se manifestou na multiplicação dos investimentos.
Os investimentos da Eletrobras passaram de cerca de R$ 2 bi a R$ 2,5 bi para cerca de R$ 10 bi neste ano, sendo direcionados principalmente para a melhoria da confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos. Isso é fundamental para garantir que a Eletrobras, responsável por 40% da transmissão e 22% da geração do Brasil, continue a ser um pilar da segurança energética nacional.
- Investimentos em melhoria da confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos
- Foco na eficiência operacional e na orientação ao cliente
- Abertura do mercado de energia e mudança de paradigma
A Eletrobras também tem se dedicado a resolver passivos, como o “empréstimo compulsório”, que representava R$ 24 bilhões no balanço e foi reduzido para R$ 12 bilhões. Além disso, a empresa tem se engajado ativamente na discussão sobre a atualização do marco regulatório do setor elétrico, que precisa se adaptar à crescente participação de energias renováveis e à geração distribuída.
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