Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta quarta-feira (3), após os investidores avaliarem como amplamente favorável à Alphabet, controladora do Google, o resultado do caso antitruste envolvendo a empresa.
Na véspera, um juiz federal decidiu que a empresa poderá manter o navegador Chrome, mas ficará impedida de firmar contratos exclusivos e terá de compartilhar dados de busca com concorrentes. A medida, considerada mais branda que o esperado, baseou-se em grande parte no argumento de que a inteligência artificial amplia as opções para os consumidores.
O veredito também autorizou a manutenção do Google como buscador padrão em iPhones, um acordo altamente lucrativo para a Apple. As ações da companhia, que enfrenta seu próprio processo antitruste, subiram mais de 3%
Estados Unidos
No front econômico, os investidores aguardam a divulgação da Pesquisa de Vagas e Rotatividade de Mão de Obra (JOLTS), que trará novos sinais sobre o mercado de trabalho. O relatório de emprego (payroll) de julho já havia apontado fragilidades, e mais evidências de estresse podem levar o Federal Reserve a cortar juros de forma mais agressiva na reunião de setembro. Já o payroll de agosto será divulgado na sexta-feira.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro: +0,01%
- S&P 500 Futuro: +0,40%
- Nasdaq Futuro: +0,60%
Ásia-Pacífico
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam de forma mista nesta quarta-feira, em meio à avaliação do avanço nos rendimentos dos títulos globais e dos últimos desdobramentos no comércio internacional.
Em Pequim, o presidente Xi Jinping comandou o maior desfile militar já realizado para marcar os 80 anos da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial. O evento contou com a presença de 26 líderes mundiais, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de Serviços Gerais da China da RatingDog — que captura a atividade de serviços do país — registrou a maior alta em 15 meses graças à maior demanda interna e à recuperação de pedidos estrangeiros.
- Shanghai SE (China), -1,16%
- Nikkei (Japão): -0,88%
- Hang Seng Index (Hong Kong): -0,60%
- Nifty 50 (Índia): +0,28%
- ASX 200 (Austrália): -1,82%
Europa
Os mercados europeus operam em alta nesta quarta, revertendo o sentimento negativo da sessão anterior, motivado por temores fiscais regionais que elevaram os rendimentos dos títulos.
O juro do Gilt britânico de 30 anos alcançou o patamar mais alto desde 1998 nas negociações da manhã de terça, enquanto o do Bund alemão equivalente tocou máxima desde 2011 e o do OAT francês atingiu o maior nível desde 2009.
Globalmente, os rendimentos também vêm subindo, pressionados pelas incertezas ligadas às tarifas comerciais do presidente Donald Trump. Nos Estados Unidos, os yields avançaram na terça-feira após um tribunal federal de apelações considerar ilegais a maioria das tarifas globais impostas pelo governo, decisão que abre a possibilidade de devolução dos valores já arrecadados e aumenta a pressão sobre as contas públicas do país.
- STOXX 600: +0,52%
- DAX (Alemanha): +0,55%
- FTSE 100 (Reino Unido): +0,38%
- CAC 40 (França): +0,79%
- FTSE MIB (Itália): +0,62%
Commodities
Os preços do petróleo operam em baixa, devolvendo parte dos ganhos registrados na véspera com as sanções, enquanto o mercado aguarda a reunião da OPEP+ no fim de semana.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva, com o Goldman Sachs elevando sua previsão de preço médio para o quarto trimestre deste ano de US$ 90 a tonelada para US$ 95 a tonelada.
- Petróleo WTI, -0,30%, a US$ 65,39 o barril
- Petróleo Brent, -0,29%, a US$ 68,94 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,71%, a 777,00 iuanes (US$ 108,83)
Bitcoin
- Bitcoin (BTC), +0,36%, a US$ 111.058,00 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
(Com Reuters e Bloomberg)
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