O dólar completou nesta segunda-feira (15) a quarta sessão consecutiva de baixa ante o real, encerrando no menor valor desde 6 de junho do ano passado, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio à expectativa antes das decisões sobre juros do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, ambas na quarta-feira.
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Qual a cotação do dólar hoje?
A divisa norte-americana à vista encerrou em baixa de 0,59%, aos R$5,3220 — menor valor desde 6 de junho de 2024, quando fechou em R$5,2493. No ano, o dólar acumula queda de 13,97%.
Às 17h03 na B3 o dólar para outubro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,56%, aos R$5,3405.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,69%, aos R$5,3537.
Dólar comercial
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Dólar turismo
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O que aconteceu com dólar hoje?
Na abertura do dia o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,5% em julho na comparação com o mês anterior. A leitura do mês frustrou a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,2%.
O resultado do IBC-Br corrobora as avaliações de que a economia brasileira está desacelerando, com alguns analistas de mercado de olho inclusive em um possível corte de juros antecipado no Brasil. Em reação, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) cediam.
As projeções de mercado para a inflação em 2025 foram revisadas para baixo nesta segunda-feira (15), segundo o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central. A estimativa para o IPCA no ano caiu de 4,85% para 4,83%.
No mercado de câmbio, a expectativa de que o Fed cortará sua taxa de juros em pelo menos 25 pontos-base na próxima quarta, somada à manutenção da Selic em 15% pelo BC brasileiro, seguia justificando a fraqueza do dólar, que nesta segunda-feira também cedia ante a maioria das divisas no exterior.
“O movimento (de queda do dólar ante o real) antecipa a decisão do Federal Reserve na quarta-feira, para a qual o mercado projeta uma probabilidade de 96% de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, com base em dados recentes de arrefecimento da economia americana”, escreveu Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad.
Com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado, na semana passada, o mercado se concentra agora em possíveis retaliações dos EUA ao Brasil em função do resultado do processo.
Em julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, justificou uma tarifa de 50% para os produtos brasileiros citando, entre outros pontos, o julgamento de Bolsonaro, seu aliado. Além disso, no fim de julho os EUA aplicaram a Lei Magnitsky — que limita operações financeiras dentro da jurisdição norte-americana — contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso contra Bolsonaro. Passado o julgamento, por enquanto nenhuma medida adicional foi anunciada.
Às 17h10, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caía 0,36%, a 97,306.
(Com Reuters)
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