Deputados de Esquerda do Rio Criticam Castro e Pressionam Câmara para Criar Comissão

Deputados de esquerda do Rio de Janeiro anunciaram um plano de ações em resposta à operação da Polícia do Estado deflagrada na terça-feira, 28, que resultou em pelo menos 132 mortos. Com críticas ao governador do Rio, Cláudio Castro (PL), os parlamentares pretendem realizar diligências nos complexos do Alemão e da Penha na quinta-feira, 30, e também pedem ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para instalar uma comissão externa para fazer oitivas e diligências.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Reimont (PT-RJ), anunciou o plano, que inclui visitas ao Instituto Médico Legal (IML) e reuniões com movimentos sociais e com o defensor-geral e o procurador-geral de Justiça do Estado. Os parlamentares que representam o Rio lamentaram as mortes e manifestaram solidariedade às famílias das vítimas, defendendo que as operações policiais deveriam ter foco na inteligência, citando como exemplo as apreensões de drogas da Polícia Federal no Rio, que ocorreram sem fatalidades.

Entre as críticas, Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, classificou a atitude do governador como “criminosa” e defendeu a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que a operação foi realizada para fazer “política eleitoral”, destacando que a política de segurança do Rio é a política da “chacina”.

• Os deputados pedem a criação de uma comissão externa, vinculada à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, para fazer oitivas e diligências no Rio de Janeiro.
• A bancada negra da Câmara, representada pela deputada Dandara Tonantzin (PT-MG), também pede a criação de uma comissão externa e anunciou que apresentará representação no Ministério Público e na Procuradoria-Geral da República (PGR) questionando a legalidade da operação.
• A líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone (PSOL-RJ), informou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, se comprometeu a formar a Comissão Externa.

Essas ações demonstram a preocupação dos deputados de esquerda com a violência e a necessidade de uma abordagem mais eficaz e humana na segurança pública, buscando soluções que priorizem a inteligência e a prevenção, em vez de operações que resultem em alto número de mortos.

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