Crise Hídrica em São Paulo: O Que é “Volume Morto”?
A Região Metropolitana de São Paulo está enfrentando uma crise hídrica sem precedentes, com o Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento, registrando o menor nível de armazenamento em dez anos. Isso tem levado a preocupações sobre a possibilidade de uma nova crise hídrica, similar àquela vivida em 2014.
O governo estadual anunciou um plano de contingência para lidar com a situação, que inclui a redução de pressão na rede de abastecimento e o uso do chamado “volume morto”, uma reserva técnica localizada abaixo do ponto de captação normal dos reservatórios. Esse plano estabelece sete faixas de restrição, com medidas progressivas conforme a gravidade da escassez.
- Redução da pressão na rede por até 10 horas diárias;
- Uso do “volume morto” em situações emergenciais;
- Rodízio de abastecimento com até 16 horas de interrupção diária;
- Fornecimento emergencial de caminhões-pipa.
O “volume morto” é uma reserva de água que fica abaixo das estruturas normais de operação e só pode ser bombeada em situações emergenciais. Embora garanta abastecimento temporário, o uso dessa água compromete a qualidade do recurso e indica que o sistema chegou ao limite de sua capacidade.
Especialistas alertam que o desmatamento nas áreas de recarga e a perda de cobertura vegetal ao redor dos mananciais agravam o cenário. As florestas funcionam como reguladoras do clima, ajudam a manter a umidade do solo e reduzem o impacto das chuvas sobre os reservatórios.
É fundamental que sejam tomadas medidas para preservar a qualidade da água e garantir o abastecimento da população. Isso inclui a proteção das áreas de recarga, a restauração de florestas e a implementação de práticas de conservação de água.
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