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Cosan (CSAN3): BofA vê história única e subvalorizada, mantém compra e vê alta de 82%

Cosan

O Bank of America reiterou recomendação de compra para as ações da Cosan (CSAN3), com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11, uma queda do target em relação aos R$ 14 anteriores, mas ainda com potencial de alta de 82% em relação ao fechamento da véspera. Já o preço-alvo foi revisado de US$ 10 para US$ 7,90.

Os analistas do banco acreditam que a Cosan é uma história única de recuperação e desalavancagem na América Latina e tem trabalhado para resolver seu balanço altamente alavancado (gestão de passivos, venda de participação na Vale, VALE3) e questões operacionais, principalmente na Raízen (RAIZ4, mudanças na gestão, venda de ativos).

Contudo, as altas taxas de juros e o timing continuam sendo desafios, e as ações da Cosan caíram 26% no ano até agora. “No entanto, acreditamos que o cenário está prestes a mudar. Um potencial aumento de capital na Raízen pode destravar valor e trazer um novo acionista estratégico para a Cosan, o que pode resultar em ganhos futuros”, avaliam os analistas.

Os analistas do banco americano acreditam que o preço das ações da Cosan não incorpora valor algum da Raízen, devido às preocupações dos investidores com o balanço alavancado e o risco de diluição após o anúncio do plano de aumento de capital de RAIZ4.

“Nossa análise de soma das partes (SOTP) indica um valor justo para a Cosan de R$ 13,7 por ação, sendo R$ 3,1 por ação atribuídos à Raízen. Mesmo eliminando a Raízen, o valor justo das ações ainda oferece um potencial significativo de alta”, apontam os analistas, que realizaram uma análise de sensibilidade para a Cosan baseada em um aumento de capital na Raízen entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, sem participação da Cosan.

Se realizado ao preço atual das ações, a diluição para a Cosan seria de 2%, para um valor justo de R$ 5,6 bilhões. Mas. mesmo considerando a diluição, se a Raízen fosse precificada na Cosan, isso implicaria um potencial de alta de até 50%.

Assim, no fim das contas, um aumento de capital na Cosan poderia ser estratégico.

“A gestão da Cosan afirmou na teleconferência do 2º trimestre que a estratégia de desalavancagem da holding (HoldCo) depende de vendas parciais de ativos (acreditamos que LandCo, Moove e o porto de São Luís sejam os mais prováveis). No entanto, a gestão não descartou um possível aumento de capital na Cosan, mas este estaria principalmente relacionado a um plano de sucessão e não como a principal solução para o balanço”, avalia.

Nesse contexto, acredita que o preço atual das ações não seria referência para tal operação, o que potencialmente limitaria a diluição dos acionistas controladores e minoritários, enquanto o novo parceiro poderia ser fundamental para a continuidade da estratégia de longo prazo da Cosan.

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