Corinthians e a Hegemonia Brasileira no Futebol Feminino Sul-Americano
O futebol feminino sul-americano está prestes a vivenciar mais um capítulo de sua história, com a final da Copa Libertadores Feminina entre Corinthians e Deportivo Cali. Esta competição reforça o domínio brasileiro no esporte, com clubes do Brasil vencendo 13 das 16 edições disputadas desde sua criação em 2009.
A explicação para essa supremacia é direta: o Brasil investe significativamente mais do que seus vizinhos em estrutura, remuneração e desenvolvimento de atletas. Embora o aporte financeiro ainda esteja distante do que é aplicado no futebol masculino, a diferença econômica entre o Brasil e os demais países sul-americanos faz com que essa disparidade se amplie em campo.
Os clubes brasileiros, como o Corinthians, São José-SP, Ferroviária, Santos e Palmeiras, formam a lista de campeões que transformaram o país em potência absoluta do continente. A presença de um clube brasileiro em praticamente todas as finais é um retrato do desequilíbrio regional.
- Corinthians: 5 títulos
- São José-SP: 3 títulos
- Ferroviária e Santos: 2 títulos cada
- Palmeiras: 1 título
O Corinthians chega à final com um histórico impressionante, tendo conquistado cinco títulos desde 2017 e se consolidado como o grande protagonista da era moderna da Libertadores Feminina. A equipe comandada por Lucas Piccinato busca o tricampeonato seguido e o sexto título de sua história.
A Conmebol anunciou um aumento histórico na premiação total para a edição de 2025, que passou a 5,25 milhões de dólares. O campeão receberá 2 milhões, o vice ficará com 750 mil, e mesmo os clubes eliminados na fase de grupos garantem 50 mil. Essa medida é um avanço significativo para o futebol feminino sul-americano.
O impacto positivo do aumento de valores é evidente, com clubes conseguindo investir em estrutura, logística e formação de jogadoras. O torneio começa a atrair maior interesse comercial e de público, reforçando que o futebol feminino não é mais uma promessa, mas uma realidade que cresce de forma consistente.
O cenário atual coloca o Brasil em posição de liderança, mas também de responsabilidade. A manutenção da hegemonia passa não apenas pelo investimento financeiro, mas pelo fortalecimento competitivo das ligas nacionais e pelo incentivo ao desenvolvimento de outros mercados da América do Sul.
Este conteúdo pode conter links de compra.
Fonte: link